Economia

Biden propõe imposto de 30% para mineração de criptomoedas por impacto ambiental

Não são só as empresas de ativos digitais que estão no foco das autoridades dos Estados Unidos. A mineração de criptomoedas também parece ser alvo do governo estadunidense. Na última terça-feira (02), a Casa Branca publicou um comunicado informando sobre a pretensão do governo de Joe Biden de taxar a atividade.

De acordo com a publicação, a ideia é criar um imposto de 30% sobre o custo da eletricidade usada na mineração de criptomoedas como forma de “punir” os mineradores pela poluição causada.

Com estimativa de arrecadar US$ 3,5 bilhões em receita em 10 anos, o principal objetivo do imposto é fazer com que os mineradores de criptomoedas “paguem sua parte justa dos custos impostos às comunidades locais e ao meio ambiente”.

Mineração de criptomoedas na mira

O imposto especial de consumo de energia de mineração de ativos digitais (DAME) é uma estratégia do governo para enfrentar “os custos econômicos e ambientais de práticas atuais para mineração de criptoativos”.

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“Atualmente, as empresas de mineração de criptomoedas não precisam pagar o custo total que impõem aos outros, na forma de poluição ambiental local, preços mais altos de energia e impactos do aumento das emissões de gases de efeito estufa no clima. O imposto DAME incentiva as empresas a começar a levar em conta os danos que impõem à sociedade”, diz o texto.

Conforme destaca a publicação, embora as criptomoedas sejam digitais, o consumo de energia da mineração “impõe custos muito reais”. O documento cita, então, dados do relatório “Ativos Digitais: Reaprendendo Princípios Econômicos”. O relatório calculou que a quantidade de eletricidade usada na mineração de criptomoedas nos EUA em 2022 foi semelhante à usada para alimentar todos os computadores domésticos ou iluminação residencial do país.

Nesse sentido, o texto aponta que a mineração tem “repercussões negativas no meio ambiente, na qualidade de vida e nas redes elétricas onde essas empresas se localizam”.

Além disso, o texto diz que o consumo intensivo de energia dos mineradores pode aumentar os preços da eletricidade para os consumidores e sobrecarregar equipamentos, “causando interrupções de serviço e riscos à segurança”.

Nem com energia limpa

A proposta critica até mesmo quem usa energia limpa na mineração de criptomoedas. De acordo com o texto, isso reduz a quantidade de energia limpa disponível para outros usos. O documento alega ainda que a mineração não gera os benefícios econômicos que empresas que usam quantidades semelhantes de eletricidade geram.

“Em vez disso, a energia é usada para gerar ativos digitais cujos benefícios sociais mais amplos ainda não se materializaram. Há pouca evidência de benefícios para as comunidades locais na forma de emprego ou oportunidade econômica.”

Por fim, a publicação observa que alguns países, como a China, já proibiram a mineração de criptomoedas. Enquanto isso, outras nações estão impondo impostos sobre a atividade. Diante disso, o governo de Biden que criar uma política nacional para que não haja apenas uma migração dos mineradores. Conforme o governo, o objetivo final é “combater a mudança climática, reduzir os preços da energia e aumentar o acesso a opções eletrificadas”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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