Categorias Notícias

Bear Market? Veja cinco grandes quedas na história do Bitcoin

Apesar da recuperação com alta de 9,4% nesta terça-feira (25), o preço do Bitcoin (BTC) continua em trajetória de queda. De fato, a criptomoeda já apresenta perdas de quase 50% em relação ao último topo histórico registrado em novembro.

Por conta disso, muitos analistas afirmam que o mercado já se encontra em um bear market, ou seja, em um momento de baixa. Mas em termos históricos, o movimento atual ainda é muito abaixo de outras quedas na história da criptomoeda.

Entre 2011 e 2021, o preço do BTC registrou momentos de pressão e consequente desvalorização muito mais graves. Todos eles não apenas foram superados, como foram sucedidos por valorizações expressivas. Conheça agora cinco momentos de grande queda no preço do BTC.

19 de junho de 2011

Eram os primórdios da história do BTC. Ferramentas como o CoinMarketCap sequer existiam, e exchanges como a Coinbase ainda estavam no papel. Naquele período, a finada Mt. Gox respondia por quase 90% do volume de negociação do mercado e foi lá onde a criptomoeda teve seu primeiro colapso.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Depois de subir de US$ 2 para US$ 32 ao longo do primeiro semestre de 2011, o BTC entrou em baixa e chegou a ser negociado a US$ 17,50. No entanto, um ataque hackers atingiu a Mt. Gox e derrubou o preço do BTC na exchange para apenas US$ 0,01.

Isso mesmo: o preço do BTC caiu 99,9% em um dia.

Não durou muito, no entanto. Foi apenas um flash crash, nome dado a uma queda rápida no preço de um ativo. Este movimento também ocorreu apenas na Mt. Gox, de modo que quem aproveitou a falha teve uma oportunidade única.

Dezembro de 2013

O ano de 2013 foi marcado pela ocorrência do primeiro grande rali de alta no preço do BTC, com o ápice em 3 de dezembro, quando o preço atingiu US$ 1.151,17. Para se ter uma ideia, em novembro um BTC valia apenas US$ 200. Isso significa que a criptomoeda teve alta de quase 500% em apenas um mês.

Contudo, a queda foi igualmente rápida e intensa. No final de 2013, a China realizou a primeira proibição que os bancos locais negociassem ou permitissem que seus clientes comprassem criptomoedas. Em 17 de dezembro, o preço já havia caído mais de 50% desde sua máxima.

Por conta dessa restrição, os dois anos seguintes foram marcados por fortes quedas. Em janeiro de 2015, apenas um ano após o crash, o Bitcoin havia caído para abaixo de US$ 200. Foram necessários quase quatro anos para que a barreira dos US$ 1.000 fosse superada novamente, em 2017.

Dezembro de 2017

O ano de 2017, aliás, foi um dos mais intensos na história do BTC, sobretudo no segundo semestre. A partir de julho, o preço da criptomoeda aumentou de preço quase 20 vezes.

Entre novembro e dezembro daquele ano, o BTC saiu de US$ 10.000 para US$ 19.497 em 15 de dezembro, quase 100% de alta. Muitos investidores acreditaram que o preço subiria infinitamente, mas estavam enganados em 15 de dezembro. Seis dias depois do recorde, o preço já havia caído 29%.

A partir de 2018, o mercado virou totalmente para queda. Em fevereiro de 2018, um BTC já estava cotado a apenas US$ 7.000. Entre março e dezembro, o preço oscilou entre as faixas de US$ 6.000 e US$ 10.000, sem praticamente nenhuma emoção.

Mas em dezembro de 2018, com o pessimismo global devido ao aumento de juros nos EUA, o BTC caiu mais de 50% em poucos dias, atingindo menos de US$ 3.300. Foi uma queda de quase 85% em relação à máxima histórica de 2017.

Coronacrash: 10 de março de 2020

Nenhuma história de quedas de Bitcoin estaria completa sem o famoso Coronacrash. A pandemia de Covid-19 explodiu em 2020 e derrubou vários mercados. Índices de ações desabaram, bolsas caíram mais de 10% em vários dias e, no dia 12 de março de 2020, o BTC desabou de US$ 7.911 para US$ 4.970. Foi uma queda de 37% em um único dia, uma das maiores da histórica da criptomoeda.

No entanto, aquele também foi um ano positivo para o BTC. Em agosto, a MicroStrategy incluiu a criptomoeda em seu balanço como parte de uma estratégia de longo prazo. A adoção por grandes empresas combinada com o aumento de liquidez levou o BTC a superar os US$ 20 mil ainda em novembro.

Maio de 2021

A valorização iniciada em 2020 continuou ao longo de 2021. Após romper a máxima de US$ 20.000, o BTC continuou em alta até chegar na sua máxima de US$ 63.314, conquistada em 14 de abril.

Em 7 de maio o BTC já dava sinais de queda, atingindo US$ 58.803, mas o mercado ainda estava otimista. Em 22 de maio o otimismo foi por água abaixo e o preço já tinha caído 45%, cotado a US$ 34.770.

Durante esse mesmo período, o valor total do mercado de criptomoedas perdeu mais de um terço de seu valor, caindo de US$ 2,39 trilhões para US$ 1,58 trilhão.

Dá para dizer que o momento atual é um bear market? Historicamente sim, pois os sinais apontam para isso. Ao mesmo tempo, o mercado ainda está dentro do ciclo do último halving ocorrido em 2020, que também prevê correções fortes no preço.

Portanto, mesmo com o mercado em queda, os topos e fundos de longo prazo seguem intactos e crescendo.

Leia também: Metaversos Colonize Mars e Continuum World anunciam novidades 

Leia também: Alta de 8% não retirou tendência de queda do Bitcoin, diz analista

Leia também: FMI faz nova ameaça a El Salvador: “abandone o Bitcoin como moeda legal”

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.