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Bankman-Fried é acusado de subornar em R$ 200 milhões funcionário na China

O ex-CEO da exchange de criptomoedas FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), está enfrentando novas acusações. Dessa vez, promotores dos Estados Unidos afirmam que SBF teria subornado pelo menos um funcionário chinês para descongelar as contas comerciais da Alameda Research, empresa irmã da FTX.

As autoridades chinesas congelaram as contas de negociação de criptomoedas da Alameda em duas das maiores bolsas da China em 2021. O processo em questão não divulga os nomes das bolsas. No entanto, afirma que as contas continham coletivamente mais de US$ 1 bilhão em criptomoedas. As autoridades congelaram as contas como parte de uma investigação sobre uma das contrapartes comerciais da Alameda.

Bankman-Fried responderá por violar leis antissuborno

De acordo com a nova acusação substituta no processo criminal de SBF, aberta na manhã desta terça-feira (28), pelo suposto suborno, SBF também responderá por conspiração para violar as disposições antissuborno da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.

Uma acusação substituta inclui acusações adicionais apresentadas contra um réu após a acusação original. No caso, a nova acusação se junta às outras 12 acusações que ele já enfrentava. Entre outras, SBF responde por conspiração para operar um negócio de transferência de dinheiro não licenciado; fraude eletrônica; fraude de valores mobiliários e conspiração para fazer contribuições políticas ilegais.

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De acordo com os promotores, Bankman-Fried e outros indivíduos ligados à Alameda, estiveram por trás da transferência de cerca de US$ 40 milhões (mais de R$ 200 milhões) em criptomoedas das contas da Alameda. Conforme informaram, o dinheiro tinha como objetivo beneficiar um ou mais funcionários do governo da China. Em contrapartida, a pessoa (ou pessoas) deveriam descongelar as contas da Alameda.

“Bankman-Fried e outros concordaram em pagar criptomoeda a um ou mais funcionários estrangeiros na China para influenciar e induzi-los a descongelar as contas, a fim de ajudar Bankman-Fried, a Alameda e outros a obter e reter negócios e direcionar negócios para Bankman-Fried, Alameda e outros”, diz a acusação.

Nova acusação contra SBF

Antes de recorrer ao suborno, SBF teria passado meses tentando acessar os fundos, de acordo com o procurador do Distrito Sul de Nova York, Damian Williams. O executivo teria contratado ainda advogados para fazer lobby junto ao governo e aberto novas contas comerciais com nomes falsos.

O processo pede, então, a marcação de uma audiência no tribunal para que a SBF possa ser indiciado sobre as novas acusações.

Autoridades nas Bahamas prenderam o ex-CEO da FTX em dezembro do ano passado, um mês após sua exchange entrar com pedido de recuperação judicial. O fundador da FTX é acusado de má gestão dos fundos de clientes, entre outros crimes, e pode passar o resto da vida na prisão se for condenado por todas as acusações. Ele se declarou inocente das acusações e aguarda o seu julgamento em outubro.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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