Categorias Notícias

Bank of America critica Bitcoin: volátil e impraticável

Morgan Stanley e Bank of America (BofA) são os dois maiores bancos de investimento dos Estados Unidos. Mas, enquanto o primeiro anuncia fundos de Bitcoin (BTC) para seus clientes, o segundo critica a maior criptomoeda em valor de mercado.

Em um relatório recente, intitulado “Bitcoin’s Dirty Little Secrets“, o Bank of America teceu inúmeras críticas ao BTC. O documento foi publicado na quarta-feira (17).

Entre outras coisas, a instituição afirma que não há boas razões para possuir Bitcoin, a menos que os preços estejam subindo.

Além disso, consta ainda no documento que o criptoativo é “excepcionalmente volátil” e “impraticável” — tanto como mecanismo de pagamentos quanto como forma de investimento.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

“Bitcoin é ativo de risco”

De acordo com o BofA, os preços do Bitcoin são impulsionados basicamente por fluxos de fundos, grandes compradores — como Tesla, Square e PayPal — e cortes de recompensas de mineradores.

“O Bitcoin também se correlacionou com ativos de risco. Não está vinculado à inflação e permanece excepcionalmente volátil. O que o torna impraticável como depósito de riqueza ou mecanismo de pagamento”, disse o BofA.

Nesse sentido, o banco destacou que o principal argumento para manter o Bitcoin não é diversificação, retornos estáveis ​​ou proteção contra a inflação. Mas sim a valorização do preço, um fator que depende de a demanda por Bitcoin ultrapassar a oferta.

Outra crítica do BofA foi em relação à concentração do Bitcoin. De acordo com o relatório, cerca de 95% do total de minerado é controlado por cerca de 2,4% de endereços com grandes saldos.

Conforme destacou, o fato de uma pequena porcentagem deter a maior parte do BTC pode criar problemas sociais e de governança.

O BofA ainda estimou o influxo necessário para aumentar o preço do Bitcoin em 1%:

“Estimamos que um influxo líquido para o Bitcoin de apenas US$ 93 milhões resultaria em uma valorização do preço de 1%. Enquanto isso, o valor semelhante para o ouro seria mais próximo de US$ 2 bilhões ou 20 vezes maior.”

Questões ambientais

Por fim, o BofA ainda criticou o Bitcoin com relação à emissão de gás carbônico como resultado da atividade de mineração.

Segundo o banco, um influxo de US$ 1 bilhão em Bitcoin pode aumentar expressivamente o volume de CO2. Mais precisamente, disse que o volume seria equivalente a 1,2 milhão de carros com motor de combustão.

“Como a hash hoje está principalmente em Xinjiang, movida a carvão, uma ligação entre preços, demanda de energia e CO2 significa que o Bitcoin está vinculado ao carvão chinês. Se os preços subirem para US$ 1 milhão, o Bitcoin pode se tornar o quinto maior emissor do mundo, ultrapassando o Japão.”

Quem aproveitou para renovar suas críticas ao BTC foi o Peter Schiff. Em seu perfil no Twitter, ele disse que o BofA concluiu o óbvio e voltou a chamar o Bitcoin de bolha:

Fonte: Peter Schiff/Twitter

“Em um relatório de pesquisa recém-lançado, o Bank of America concluiu o óbvio. Que ‘o principal argumento do portfólio para manter Bitcoin não é diversificação, retornos estáveis ​​ou proteção contra a inflação. Mas sim a simples valorização do preço.’ Sim, é pura especulação. A bolha definitiva.”

Leia também: Ethereum 2.0 pode tornar ETH mais valioso que Bitcoin, sugere relatório

Leia também: Professor brasileiro prevê quando Bitcoin valerá R$ 1,3 milhão

Leia também: 3 criptomoedas podem saltar 80% em breve, indicam analistas

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.