A maioria dos bancos centrais está explorando Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs, na sigla em inglês). Ao mesmo tempo, estão estudando o impacto das criptomoedas estáveis, as stablecoins, na estabilidade monetária e financeira.
Foi o que informou o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) em um relatório publicado em janeiro de 2021.
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com mais de 60 bancos centrais no final de 2020.
Stablecoins podem ser adotadas rapidamente
De acordo com os resultados da nova pesquisa do BIS, dois terços dos bancos centrais consultados estão estudando as stablecoins e seus impactos.
Como é possível notar no gráfico acima, em comparação com um ano atrás, mais bancos centrais começaram a investigar stablecoins.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Conforme destacou o BIS, esse aumento possivelmente resulta de uma consciência crescente das implicações internacionais da adoção de stablecoins.
Ainda segundo o BIS, os países que não avaliam ativamente stablecoins são, em maioria, economias em desenvolvimento e mercados emergentes.
“Apesar da ampla atenção dada às stablecoins, as preocupações sobre seu surgimento como um método de pagamento alternativo não são uma motivação generalizada para trabalhar na CBDC. Apenas um punhado de bancos centrais os incluiu em seus fundamentos para possível emissão de CBDC”, destacou.
Além disso, a entidade ressaltou que, no que diz respeito às criptomoedas, os bancos centrais continuam a vê-las como produtos de nicho. Ou seja, são usadas de forma generalizada como meio de pagamento.
A autoridade observa que muitas criptomoedas tiveram ganhos em 2020, o que condiz com sua forma de ativos especulativos.
Mas pondera que esse aumento não foi acompanhado por qualquer mudança no uso em pagamentos.
“Na verdade, a maioria dos bancos centrais continua a ver as criptomoedas como produtos de nicho.”
As stablecoins, por sua vez, são vistas como criptomoedas que têm potencial para adoção rápida pelos consumidores.
Desenvolvimento das CBDCs
Por fim, sobre CBCDs, o BIS observou que a maioria dos bancos centrais não tem planos de emissão em um futuro previsível.
Contudo, os bancos centrais que representam coletivamente um quinto da população mundial provavelmente lançarão CBDCs de varejo nos próximos três anos.
O relatório ainda mostra que a grande maioria dos bancos centrais (86%) está explorando os benefícios e desvantagens de CBDCs.
Leia também: Bitcoin chega a R$ 270 mil em março, diz famoso estrategista
Leia também: IRBR3: investidores se organizam para tentar manipular ação com short squeeze
Leia também: Dogecoin dispara 150% após pump do grupo que impulsionou a GameStop