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Bancos centrais terão controle absoluto sobre você com moedas digitais

O lançamento de uma moeda digital de banco central (CBDC, na sigla em inglês) permitiria a essas instituições total controle sobre as regras, regulamentos e uso do dinheiro em cada país.

Assim, com o lançamento de uma CBDC, os Bancos Centrais teriam controle absoluto sobre as movimentações dos cidadãos.

Para o gerente geral do Banco de Compensações Internacionais (BIS), Agustín Carstens, esta é uma vantagem das moedas digitais em relação ao dinheiro:

“O grau de controle será muito maior. Acho que são boas notícias”, declarou.

CBDC

A declaração de Carstens foi feita durante sua participação em uma reunião virtual. O evento foi patrocinado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e moderada pela diretora, Kristalina Georgieva.

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O painel também contou com a presença de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos (Fed); Ahmed Abdulkarim Alkholifey, governador da Autoridade Monetária da Arábia Saudita e Ni Shamsiah Mohd Yunus, Governador do Banco Central da Malásia.

Segundo Carstens , com a CBDC, “o Banco Central terá controle absoluto das regras e regulamentos que determinarão o uso da moeda”. Além disso, ele considerou que eles terão a tecnologia “para fazer cumprir”.

Portanto, para o executivo, as moedas digitais têm uma clara vantagem sobre o dinheiro.

Isso porque, além do controle tecnológico, elas permitiriam às autoridades combater o anonimato do papel-moeda.

“Com o dinheiro, não sabemos quem usa atualmente uma nota de US $ 100 ou de 1000 pesos”, observou.

Controle total

Por outro lado, para Carstens, com a CBDC será mais fácil limitar seu uso fora das fronteiras do país emissor.

Como exemplo, ele se referiu a uma hipotética moeda lançada por uma economia avançada (em referência velada a China):

“Se alguém em outro país quiser usá-la, será necessário o consentimento do Banco Central de residência dessa pessoa.”

Em um relatório publicado há poucos dias, o BIS, o Fed e os bancos centrais da Europa, Japão, Suíça, Suécia e Inglaterra mostraram como seria qualquer iniciativa da CBDC.

Basicamente, não teriam entre suas características nem privacidade nem resistência à censura.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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