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Bancos ajudaram a lavar mais de R$ 10 trilhões, revelam documentos

A comunidade bancária global está sofrendo críticas severas após o vazamento de arquivos intitulado “FinCEN leaks”.

Os documentos expostos ao público mostram a relação entre grandes bancos e o dinheiro oriundo de atividades criminosas. Mais de R$ 10 trilhões em movimentações suspeitas foram autorizadas pelos bancos.

Dessa maneira, diversas instituições estão sendo acusadas de ajudar a lavar o dinheiro do crime organizado.

Bancos viabilizaram lavagem de dinheiro

A FinCEN (Rede de Combate a Crimes Financeiros dos Estados Unidos) é uma agência governamental estadunidense.

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Logo, cabe à FinCEN investigar os relatórios que são enviados pelos bancos. Isso acontece porque os bancos que atuam nos Estados Unidos são obrigados a reportar as atividades suspeitas dos seus clientes à FinCEN.

Contudo, no último domingo (20), vários desses relatórios foram vazados à imprensa.

O vazamento foi revelado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

Assim, o consórcio expôs 2.657 documentos e 2.121 relatórios de atividades suspeitas enviados pelos bancos às autoridades entre os anos de 2000 e 2017.

De acordo com os documentos, cerca de US$ 2 trilhões (R$ 10,2 trilhões) em dinheiro suspeito foi movimentado por diversos bancos.

Nessa linha, os bancos que mais movimentaram o dinheiro suspeito ou comprovadamente ilícito foram:

  • Deutsche Bank (Alemanha): R$ 7,07 trilhões;
  • JPMorgan (EUA): R$ 2,8 trilhões;
  • Standard Chartered (Reino Unido): R$ 903 bilhões;
  • Bank of New York Mellon (EUA): R$ 348 bilhões;
  • Barclays (Reino Unido): R$ 114 bilhões.

Transações financiaram tráfico de pessoas

Segundo o consórcio de jornalistas, o dinheiro movimentado contribuiu para o financiamento de diversas organizações criminosas, incluindo:

  • Grupos terroristas;
  • Cartéis de tráfico de drogas e de armas;
  • Cartéis de tráfico de pessoas;
  • Milícias responsáveis por alimentar guerras civis ao redor do mundo.

Além dos bancos validarem as transações suspeitas, a reportagem aponta que as autoridades estadunidenses também estão falhando no seu papel de conter o crime organizado.

Desse modo, mesmo após a descoberta de fraudes por parte dos bancos, é comum que eles assinem acordos com a Promotoria dos EUA para evitar sanções mais graves.

Em 2012, o HSBC concordou em pagar US$ 1,9 bilhão (R$ 10,34 bilhões) em multas para o governo dos EUA, após a descoberta de que o grupo havia ajudado a lavar bilhões de dólares oriundos de cartéis sul-americanos.

No entanto, o HSBC continuou movimentando dinheiro de contas suspeitas após o pagamento da multa, afirma o ICIJ.

Vazamento mostra que criptomoedas não são o problema

No Twitter, entusiastas das criptomoedas estão se manifestando sobre o ocorrido:

“Mas eu achei que os criminosos utilizassem o Bitcoin?”

“BBC: Documentos vazados revelam que alguns dos maiores bancos do mundo permitiram que criminosos movimentassem dinheiro sujo ao redor do globo.”

Ademais, através do vazamento, é possível notar que as criptomoedas ainda ocupam um papel secundário no financiamento das atividades criminosas.

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Nicolas Nogueira

Advogado, formado em Direito pela UFPR, com MBA em Negócios Internacionais. Tenho contato com as criptomoedas desde 2017. Sou apaixonado pelo assunto! Para mim, as criptomoedas são o único futuro possível para a economia mundial, bem como a melhor ferramenta de liberdade financeira para todos nós.

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