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Banco Santander testa uso de blockchain em negociação de carros usados

O banco Santander mais uma vez está envolvido com a tecnologia dos ativos digitais. Dessa vez, a instituição bancária está testando a blockchain em transações de veículos usados. A ideia é implantar um sistema de operação e registro simultâneo de propriedade de carros, facilitando a negociação entre as partes. Conforme noticiou o Valor, para os testes, o Santander firmou uma parceria com a Parfin – plataforma para custódia, negociação e gestão de ativos.

O objetivo da iniciativa do banco é resolver um dos principais desafios da negociação de veículos usados entre pessoas físicas: o tempo entre o recebimento do pagamento pelo bem e o registro do carro no nome do comprador. Além disso, a blockchain elimina o intermediário no processo.

Sanando problemas com blockchain

Em geral, um terceiro faz a intermediação desse tipo de negócio, já que as partes não se conhecem. Mas isso encarece a transação. A tecnologia blockchain resolve esse problema. Afinal, os contratos inteligentes (“smart contracts”) automatizam o processo e promovem mais segurança na operação. Quando um contrato de compra e venda ocorre via blockchain, o valor da compra só é liberado para o vendedor quando o registro do bem também é transferido. Além disso, a transação é irreversível.

O novo sistema via blockchain do Santander ainda está em fase de testes. O Banco Central selecionou o projeto para o seu Laboratório de Inovações Financeiras (Lift). Essas e outras iniciativas vão ajudar a autoridade monetária a desenvolver o real digital, a CBDC (moeda digital de banco central) brasileira.

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De acordo com o Santander, o próximo passo consiste em testar negociações reais com pessoas e bens selecionados. A transação vai usar uma stablecoin pareada ao real para essa fase de testes já que o real digital ainda não chegou ao mercado.

O cofundador e CTO da Parfin, Alex Buelau, explicou que os contratos vão utilizar uma blockchain própria permissionada, desenvolvida a partir da rede Ethereum. Para promover mais segurança na operação, fragmentos das chaves ficarão em diferentes servidores e locais, com a custódia sendo distribuída.

Santander e cripto

Este não é o primeiro envolvimento do banco com os ativos digitais. Em julho deste ano, conforme noticiou o CriptoFácil, o Santander informou que pretendia lançar um serviço para os seus clientes negociarem cripto. O banco prometeu liberar o novo serviço ainda em 2022, mas não revelou as datas.

“A gente reconhece que é um mercado que veio para ficar. Não é uma reação necessariamente a concorrentes se posicionando. É apenas uma visão de que o nosso cliente tem demanda por esse tipo de ativo. Então, a gente tem que encontrar a forma mais correta e mais educativa de fazê-lo”, disse na época Mario Leão, presidente do banco no Brasil.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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