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Banco do Canadá está desenvolvendo uma moeda digital como contingência

O vice-governador do Banco do Canadá, Timothy Lane, anunciou que a entidade está desenvolvendo um protótipo para sua própria moeda digital do banco central (CBDC, na sigla em inglês). A medida é apenas um “plano de contingência” para o Canadá para não ficar para trás, caso alguns cenários se materializem.

De acordo com o comunicado, publicado nesta terça-feira, 25 de fevereiro, a moeda só será implementada se for necessário para os canadenses. Lane também abordou o trabalho que está sendo feito para garantir que o sistema de pagamentos atual do país seja modernizado e ‘funcione bem’. 

Apesar de anunciar o projeto de CBDC, Lane foi categórico ao afirmar que não é necessário que o banco central emita sua moeda digital no momento:

“O Banco atualmente não tem planos de lançar uma CBDC. Em vez disso, o Banco desenvolverá a capacidade de emitir uma CBDC de uso geral, semelhante ao caixa, caso seja necessário implementar um. Como levará vários anos para desenvolver essa capacidade, o Banco não pode esperar até que a necessidade seja evidente antes de iniciar os trabalhos preparatórios”, disse Lane.

Cenários que podem fazer o Canadá emitir sua moeda digital

Segundo o vice-governador, há dois cenários que podem ‘forçar’ a entidade a mudar de ideia. O primeiro é no caso de as notas bancárias declinarem ao ponto de os canadenses não terem mais a opção de usá-las em suas transações. 

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O segundo cenário é se uma ou mais moedas digitais passem a ser utilizadas como alternativas ao dólar canadense como método de pagamento, reserva de valor e unidade de conta.

“Em qualquer um desses cenários, uma CBDC poderia ser uma maneira de preservar os recursos desejáveis ​​do atual ecossistema de pagamentos, como acesso universal a pagamentos seguros, um grau aceitável de privacidade, concorrência e resiliência. O segundo cenário, em particular, constituiria um desafio significativo à soberania monetária do Canadá – nossa capacidade de controlar a política monetária e fornecer serviços como credor de último recurso”, observou. 

Etapas para criação de uma CBDC

Lane também citou as principais etapas para a criação de recursos para uma CBDC. Entre eles, destacou o monitoramento e avaliação de desenvolvimentos no setor de pagamentos.

Além disso, disse que é importante envolver as partes interessadas externas para identificar outros objetivos políticos e obter autoridade legal para emitir a CBDC.

Para Lane, também é necessário aumentar a pesquisa técnica, em colaboração com parceiros dos setores público e privado para selecionar e testar uma tecnologia apropriada.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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