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Banco Central não criará carteira para real digital

Em um claro aceno às instituições bancárias, o Banco Central (Bacen) afirmou que não irá desenvolver uma carteira digital para a CBDC brasileira. Segundo a autoridade monetária, o Bacen se limitará a emitir e regular o chamado “real digital”.

Uma carteira digital própria da entidade poderia indicar que os usuários da moeda digital de banco central não precisariam dos bancos para armazenar e transacionar o dinheiro.

No entanto, o coordenador do projeto da CBDC nacional, Fabio Araujo, garantiu que este não será o caso. Segundo ele, o Bacen não tem a intenção criar uma eventual “e-wallet”, tampouco remunerar a moeda digital.

Conforme noticiou o Money Times, a informação foi dada por Araujo durante uma reunião realizada com o Banco Safra. Posteriormente, o analista Daniel Travitzky confirmou a informação em um relatório obtido pelo portal:

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“Nossa visão é que o BC não pretende fornecer soluções para o uso da moeda digital, mas apenas controlar o ambiente regulatório. As soluções virão do mercado financeiro”, disse 

Segundo Travitzky, a CBDC do Brasil não impactará negativamente os bancos, principalmente no que diz respeito aos depósitos bancários.

Contudo, ele reconheceu que o segmento de adquirência e outros intermediários do sistema financeiro podem ser afetados a longo prazo.

Sobre o real digital

Durante um evento realizado na última quarta-feira (30), o presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, fez uma explanação sobre as características da moeda digital nacional.

De acordo com o economista, o real digital vai se inserir no contexto de usos de ferramentas como contratos inteligentes e Internet das Coisas.

“Então a gente vai precisar em algum momento de dinheiro que seja um encryption (criptografia). Por quê? Porque ele vai estar alinhado à programação da moeda, vai estar ligado a outros programas. Então a gente entende que, apesar de não ser realidade agora, isso vai acontecer.”

Campos Neto disse ainda que, de modo geral, as moedas digitais estão colaborando para a descentralização das operações financeiras.

Ao mesmo tempo, contribuem para o processo de monetização de carteiras de dados que, futuramente, irão integrar um “grande arcabouço” de comércio de dados.

“A gente vê esse mundo de finanças descentralizadas crescendo. E uma das coisas que fazem com que isso cresça é essa forma de pagamento digital”, disse.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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