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Banco Central Europeu sugere proibição de criptomoeda baseada em PoW até 2025

O Banco Central Europeu (BCE) criticou a mineração de Prova de Trabalho (Proof-of-Work – PoW), usada por criptomoedas como o Bitcoin (BTC) em um novo documento.

De acordo com o relatório do BCE, esse mecanismo representa um risco significativo no que diz respeito às mudanças climáticas. Com base nisso, o BCE sugeriu a proibição de criptomoedas baseadas em PoW até o ano de 2025.

PoW do Bitcoin em pauta no BCE

Naturalmente, o documento abordou, o caso do Bitcoin, a maior criptomoeda do mercado. No entanto, também apontou problemas com o Ethereum (ETH).

Vale ressaltar que a segunda maior criptomoeda do mercado está avançando com o seu projeto de migrar de PoW para o mecanismo de consenso de Prova de Participação (Proof-of-Stake – PoS).

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O PoS é visto como um mecanismo mais sustentável, pois não requer grandes quantidades de energia como o PoW.

Os pesquisadores compilaram dados estimados de pegada de carbono dos ativos mencionados. Além disso, eles avaliaram se prejudicam o compromisso da UE de combater as mudanças climáticas.

Em seguida, eles discutiram medidas políticas a serem implementadas. No caso, deram um prazo de até o ano de 2025 para implementar as “medidas potenciais”.

A partir de dados de várias fontes, tais como o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), os pesquisadores disseram que a mineração de BTC e ETH juntas usa mais energia do que “países de médio porte”, como Espanha, Holanda e Áustria.

Consumo anual estimado de eletricidade de BTC e ETH em comparação com o de países selecionados

Além disso, os dados mostraram que as emissões anuais estimadas, em maio de 2022, excederam a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) para muitos países da zona do euro.

PoW para PoS pode não resolver

Sobre o caso da Ether, o texto ressalta que a transição de PoW para PoS é uma iniciativa válida. Afinal, vai ajudar a reduzir as emissões de carbono.

Contudo, os pesquisadores observaram que, embora tais iniciativas sejam bem-vindas, elas são voluntárias. Ou seja, podem não ter um grande impacto.

“[Essas ações] são incapazes de impor mudanças no método de consenso”, disse o BCE.

Ademais, o texto ressalta que até mesmo a busca por fontes renováveis pode comprometer as metas de transição verde. Isso porque, à medida em que os “ativos PoW migrem para fontes de energia renovável, eles podem excluir os outros usos de energia renovável”. Segundo o BCE, isso pode colocar em risco as metas de transição verde dos países.

Impacto às instituições

Quanto a uma eventual proibição do PoW, o relatório destacou as possíveis consequências, sobretudo às instituições.

Isso porque há muito dinheiro institucional investido em BTC e, e menor nível, em ETH. Portanto, o setor financeiro estaria exposto ao “risco de uma transição” verde.

Ou seja, uma eventual “transição verde” da UE poderia afetar os preços dos ativos e, por consequência, as instituições que investem neles.

“O aumento das exposições financeiras a esses ativos cripto provavelmente vai contribuir para o aumento do risco de transição para o sistema financeiro”, diz um trecho do texto.

Por fim, o texto destaca que as autoridades públicas precisam avaliar se a pegada de carbono de certos ativos prejudica a transição verde. Contudo, os pesquisadores observam que as autoridades não devem sufocar a inovação. Afinal, ela é um motor do crescimento econômico.

“Embora o benefício para a sociedade do Bitcoin seja duvidoso, a blockchain, em princípio, pode fornecer benefícios e aplicações tecnológicas ainda desconhecidos.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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