Categorias Notícias

Banco Central do Brasil quer baratear empréstimos por meio da blockchain

Não é de hoje que ouvimos, diariamente, que os juros no Brasil são um dos maiores do mundo e que esta situação inviabiliza uma série de investimentos, tornando o crédito mais caro e abusivo. A diferença entre os juros cobrados em operações de crédito no Brasil e a taxa básica de juros, conhecido como spread de crédito, chega a ter uma diferença de até 35%, podendo ser até oito vezes mais caro do que nos EUA.

De olho neste cenário e buscando uma alternativa que possa baratear a concessão de crédito no Brasil, o Bacen (Banco Central do Brasil) anunciou que o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift), vinculado à instituição e lançado em maio deste ano, finalizou o acompanhamento de 12 projetos, de um total de 79 propostas, que apresentam soluções em relação a este problema (crédito), utilizando novas tecnologias como blockchain e inteligência artificial.

“Os proponentes das iniciativas selecionadas puderam apresentar suas ideias ao BC e receber um direcionamento quanto às melhores práticas de implementação, quanto aos problemas centrais que precisavam ser resolvidos e também quanto ao valor de negócio da inovação como contribuição para o Sistema Financeira Nacional. Em três meses de interação entre o BC e as equipes dos projetos, que são oriundas da academia e do mercado, as ideias foram aprimoradas e ganharam mais foco na aplicação das novas tecnologias a problemas ou oportunidades no SFN”, informou a autarquia.

Em março de 2019, será realizado um evento de apresentação dos protótipos concluídos e o detalhamento do Lift para a edição 2019. Entre os projetos, um dos que foram selecionados chama a atenção, o Digicash, uma solução de pagamento instantâneo utilizando dispositivos móveis off-line, que pelo nome e pela funcionalidade é igual ao primeiro projeto de moeda digital inventado pelo criptógrafo e “pai” dos cypherpunks David Chauh, no entanto, em nenhum local faz referência ao desenvolvedor (que integra a equipe de um projeto em blockchain chamado Elixxir).

Além do Digicash, os outros projetos em desenvolvimento são Instant Spyglass (plataforma de detecção de fraudes com tecnologias de aprendizado de máquina), Blockchain de direitos creditórios (plataforma descentralizada para registro de direitos creditórios utilizando a tecnologia de blockchain); Blockchain para infraestrutura de pagamentos (implementa um sistema de pagamentos instantâneos operando 24×7 sobre a tecnologia de blockchain); Crédito Ideal (uso de inteligência artificial para configurar o perfil adequado para tomada de crédito com base nas informações financeiras do usuário); Credito rural Inteligente (gestão de operações de crédito rural com uso de georeferenciamento e tecnologias móveis); Meu Primeiro Cartão (plataforma educativa de gestão financeira para crianças de até dez anos); MobiTransfer (plataforma de integração entre usuários e fintechs utilizando tecnologia de blockchain); PLoCS (plataforma de crédito pessoal aprimorada com base nas informações dos usuários); PROAGRO Fácil (plataforma para execução do fluxo do Proagro por qualquer instituição financeira); Saffe Payments (autenticação de pagamentos e serviços financeiros utilizando reconhecimento facial e algoritmos de inteligência artificial) e Sistema Financeiro Digital (SFD) (sistema de transferência de valores entre clientes de instituições financeiras utilizando tecnologias de blockchain).

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Leia também: Analista prevê preços de 4 criptomoedas para esta semana

Leia também: Real está fraco: conheça 4 “dólares” que superaram a marca de R$ 4,00

Leia também: China lança caixas eletrônicos para sua moeda digital

Compartilhar
Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

This website uses cookies.