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Bacen confirma data de lançamento de seu sistema de pagamentos instantâneos

O Banco Central do Brasil (Bacen) anunciou que está previsto para novembro de 2020 o lançamento de sua plataforma de pagamentos instantâneos. A informação foi divulgada pelo Estadão nesta terça-feira, 24 de setembro.

O CriptoFácil havia antecipado em maio que o Bacen poderia utilizar a tecnologia blockchain para executar esse sistema. De acordo com o Estadão, a blockchain será realmente utilizada como base para o sistema. Além disso, os pagamentos serão feitos via QR code, dispensando o uso de cartões de crédito.

De acordo com o Bacen, a implementação do sistema custará R$4,3 milhões. Já o custo de manutenção é estimado em R$1,2 milhão por ano.

Rapidez e eficiência

Em um sistema de pagamentos instantâneos, as operações de Transferência Eletrônica Disponível (TED) e Documento de Ordem de Crédito (DOC) deixarão de existir. Atualmente, essas transferências são intermediadas por bancos e podem demorar até um dia útil para compensação.

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Já no sistema de pagamentos instantâneos, o processo é feito em poucos segundos e o dinheiro cai na conta quase imediatamente. Além disso, cada pessoa e instituição possui uma identificação própria – que pode ser um QR code, nome de usuário, CPF ou CNPJ. Com isso, não há necessidade de anotar dados bancários para efetuar a transação.

Além do próprio sistema dos bancos, será possível “pagar” qualquer coisa usando a conta bancária integrada com sistemas de pagamento como Apple Pay, Samsung Pay e até mesmo aplicativos de plataformas de Bitcoin e criptomoedas,através de soluções trazidas por fintechs disponíveis no mercado.

Desafios

A fintech brasileira Spin Pay, criada em 2018, deverá ser a primeira do país a implementar esse sistema, previsto para o mês de outubro. De acordo com Alan Chusid, CEO da empresa, a principal dificuldade do novo sistema será a padronização dos códigos para os diversos bancos que atuam no mercado.

“O QR code do Nubank não se comunica com o QR code do Itaú, que não conversa com os demais. Funciona apenas entre códigos da mesma instituição”, explicou Chusid. Para isso, o sistema deverá funcionar de maneira unificada entre os atores do sistema financeiro brasileiro – bancos, pessoas físicas e estabelecimentos comerciais.

Essa é uma das vantagens que o mercado de criptomoedas podem extrair desse sistema, visto que as carteiras de criptomoedas não possuem essa restrição. Um usuário da Xapo pode transacionar com um usuário da Electrum via QR code sem precisar de sincronia entre os códigos, por exemplo.

Leia também: Banco Central do Brasil pode usar blockchain para viabilizar open banking

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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