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B3 pode começar a tokenizar ativos com tecnologia blockchain, sugere CEO

O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, afirmou que a dona da bolsa de valores do Brasil vê com bons olhos a tecnologia por trás das criptomoedas, a blockchain.

Em entrevista ao portal Seu Dinheiro, ele destacou que a B3 pode usar a blockchain para tokenização de ativos físicos:

“Comprar o token de um ativo que não é digital, como uma obra de arte, um imóvel ou um carro, é interessante e é algo que a B3 tem que olhar”, disse Finkelsztain.

ETFs de criptomoedas

Durante a entrevista, o executivo também rechaçou a possibilidade de as criptomoedas ameaçarem os negócios da B3. Afinal, as ações de empresas já são negociadas de forma digital e fracionada.

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Além disso, Finkelsztain ressaltou que as criptomoedas, de modo geral, já estão disponíveis na bolsa, indiretamente, por meio dos fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês).

Conforme destacou o executivo, os ETFs de criptomoedas já contam com mais de 160 mil investidores:

“A gente está trazendo vários produtos de cripto para dentro da B3. Já temos mais de 160 mil investidores nos cinco ETFs. E estamos estudando o lançamento de derivativos de criptomoedas”, disse Finkelsztain.

Críticas às exchanges

Para ele, a vantagem de negociar criptomoedas por meio de um ETF é estar em um ambiente regulado, o que é uma das preocupações do executivo com relação ao mercado cripto e às exchanges:

“Mas é preciso dizer que as empresas que atuam nesse mercado se vendem como bolsa [exchanges]. Mas na verdade não são bolsas, porque não têm regra nenhuma. Elas na verdade são corretoras de criptomoedas, que não têm absolutamente nenhuma regulação. O custo de operação é muito mais alto e a proteção para o investidor é muito menor. Custa umas 50 vezes mais caro operar criptomoedas do que ações. E depois dizem que a bolsa é cara…”

Mercado DeFi

Por fim, Finkelsztain também comentou sobre o crescente mercado de finanças descentralizadas (DeFi). Segundo ele, não é interessante explorar o token de ações, porque isso já existe. Mas há outras possibilidades:

“Qualquer ativo que tem um custo alto de transação tem um viés de simplificação da negociação se você traz para o mundo digital. Sob essa ótica, as finanças descentralizadas podem trazer inovação, e as corretoras de criptoativos têm provocado isso. Então, a B3 tem um aprendizado nesse sentido. Mas me preocupa a falta de regulação das criptomoedas, porque a história mostra que os inocentes acabam pagando caro por isso.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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