A australiana Belle Gibson, segundo o The Guardian, fingiu, por mais de 10 anos, ter um câncer terminal que acabaria com sua vida em quatro meses. Mobilizando campanhas em redes sociais, destinadas a angariar fundos para um suposto tratamento com medicina alternativa, Gibson conseguiu angariar milhares de dólares que, segundo ela, estavam sustentando o tratamento com alimentos especiais, medicina holística e terapia de oxigênio e, consequentemente, mantendo ela viva.
Alegando que a mesma “cura” que tinha lhe permitido viver poderia ajudar outras pessoas, a australiana lançou um aplicativo de saúde e bem-estar, o Whole Pantry. Ela também passou a manter um blog e escreveu um livro de receitas também destinado a compartilhar seus “ensinamentos”. Entretanto, tudo era falso e em 2017, Gibson foi considerada culpada por suas mentiras e responder processos por falsas alegações.
Porém, segundo a reportagem, entre outras coisas, Gibson usava o dinheiro para comprar Bitcoin e criptomoedas. As acusações sobre a australiana usar as doações para comprar criptoativos surgiram pouco depois que ela foi intimada pela justiça australiana por não pagar as multas que lhe foram aplicadas, alegando não ter recurso para isso, no entanto, segundo um advogado da ONG australiana Consumer Consumer, Gibson realizava diversos gastos comprovando que tinha renda para tanto.
Desta forma, os advogados da ONG levantaram a suspeita e alegaram que Gibson “escondia” seus recursos por meio da compra de Bitcoin e criptomoedas, que eram liquidados em nome de outras pessoas para que a australiana tivesse acesso aos recursos ao mesmo tempo em que eles permaneceriam ocultos dos reguladores. A defesa de Gibson nega as acusações.
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