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Aumento de investidores institucionais estabelece um novo patamar para o crescimento dos criptoativos

As grandes instituições financeiras começaram a aumentar o seu ritmo de entrada no mercado de criptoativos. Com mais adesão a um ritmo cada vez mais acelerado, os mercados tradicionais parecem estabelecer uma nova corrida para o restante de 2019 e o ano de 2020.

Boa parte dos investidores pode achar o ritmo atual bastante lento, afinal, em 2017, o Bitcoin dobrou de preço em pouco menos de um mês. Diferentemente da alta histórica, no entanto, o que a alta de 2019 mostra é a velocidade da profissionalização que ocorre nos mercados, bem como o interesse de empresas de porte cada vez maior.

Oliver von Landsberg-Sadie, CEO do BCB, grupo de serviços financeiros com especialidade em criptoativos, fez comparações sobre as várias altas experimentadas durante o ciclo de vida do Bitcoin (BTC), especialmente as ocorridas em 2013 e 2017, e comparou com a alta apresentada em 2019.

“A bolha de 2013 foi impulsionada por tecnocratas e sites provenientes da dark web. Em 2017, o movimento foi liderado pela forte especulação do mercado financeiro. Ao contrário destas, o crescimento em 2019 partiu sobretudo de instituições financeiras e grandes empresas, que estão diversificando portfólios obsoletos e finalmente têm o maquinário profissional para fazê-lo através de criptoativos”, explicou Sadie.

Futuros e mentalidade de longo prazo

Um dos fatores que evidenciam a maior procura de grandes investidores pelos criptoativos está nos contratos futuros de Bitcoin negociados na bolsa de Chicago (CME). Os principais indicadores da bolsa quebraram recordes seguidos em 2019, em grande parte movidos por contratos de grandes investidores (acima de 25 Bitcoins).

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A Binance Research, divisão de pesquisa da maior exchange do mundo, também destacou o crescimento do mercado e as mudanças na mentalidade dos investidores. Estratégias de longo prazo e de diminuição de volatilidade – como a adoção de stablecoins – estão cada vez mais comuns.

No mês passado, nove instituições financeiras para transações bancárias e de balcão (OTC) foram trazidas à bolsa pelo grupo BCB, somente no Reino Unido. Isso elevou a contagem para 32, a maioria das quais foi inaugurada este ano, diz Landsberg-Sadie.

“Esta é uma mudança fundamental no perfil do cliente em relação ao ano passado, que foi dominada por projetos de criptoativos que buscam liquidez.”

A Comissão de Negociação de Futuros e Commodities (CFTC, na sigla em inglês), agência reguladora dos Estados Unidos com jurisdição sobre os mercados futuros, começa a abrir o mercado para novos produtos. Recentemente, a CFTC concedeu à ErisX Clearing uma licença de organização de compensação derivativa (DCO), de acordo com o Commodity Exchange Act (CEA).

O papel dos reguladores

Regras e regulamentos geralmente demoram a aparecer, pois os mercados tendem a evoluir muito mais rápido do que as leis. Mas, eventualmente, elas serão implementadas e o objetivo é chegar a um meio que forneça uma plataforma estável para o comércio de criptoativos, incentivando o comércio justo e reduzindo o risco.

Dessa forma, o cenário ideal seria aquele em que os órgãos reguladores deixariam o mercado “agir” e se desenvolver com suas próprias pernas, entrando em cena apenas quando houvesse maturidade suficiente para que as melhores práticas possam ser avaliadas e colocadas com padrões. Implementar regulamentações antes que o mercado cresça é a receita ideal para que a inovação se reduza ou até deixe de existir.

Há um nível de finesse quando trata-se de novos mercados, à medida que os reguladores se esforçam para entender os criptoativos e como ela se encaixa no atual modelo financeiro global. Nem sempre os reguladores acertam a mão. A Instrução Normativa nº 1.888, emitida pela Receita Federal brasileira em maio, gerou muita discussão e apreensão no mercado pela sua complexidade, a qual pode trazer grandes prejuízos ao desenvolvimento do mercado caso não seja revista.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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