Economia

Auditores de falência da FTX encontram sérios indícios de “fraude e má conduta de gestão”

Menos de 24 horas após a Suprema Corte das Bahamas determinar os responsáveis pela auditoria da FTX, a dupla de auditores já tem os primeiros resultados.

De acordo com os auditores da PricewaterhouseCoopers (PwC), há sinais de que ocorreram “fraudes graves e má administração” na exchange.

Os auditores apresentaram os documentos judiciais à corte ainda na quarta-feira (17) e apontam para o que o mercado já suspeitava. No entanto, a auditoria inicial não revelou se há indícios de que o ex-CEO Sam Bankman-Fried (SBF) teve participação ativa nisso.

“As conclusões do Joint Provisional Liquidators até o momento mostram que há indícios fraudes graves e má administração em relação ao Grupo FTX”, disse o documento. Os auditores encaminharam os resultados para o Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York, nos Estados Unidos.

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Brian Simms, Kevin Cambridge e Peter Greaves arquivaram os documentos da auditoria. Os dois últimos são os auditores responsáveis por encerrar os negócios da empresa nas Bahamas.

Processo de falência

A bolsa de criptomoedas, com sede nas Bahamas, declarou falência nos EUA depois de uma semana de polêmicas. Nesse sentido, a exchange é acusada de manter relações suspeitas com a Alameda Research, que é o fundo ligado a FTX.

A FTX entrou com pedido de falência em Delaware, mas Simms contestou o pedido. De acordo com ele, o Grupo FTX tinha sua sede efetiva nas Bahamas. Portanto, o processo deveria ocorrer na jurisdição do país caribenho, enquanto os tribunais dos EUA ficariam responsáveis pela FTX US.

Por causa dos indícios, os auditores sugeriram bloquear provisoriamente a venda de quaisquer ativos da FTX. Conforme noticiou o CriptoFácil, a Corte das Bahamas bloqueou os bens da FTX de maneira preventiva na última quinta-feira (10). Agora, os auditores pedem a manutenção do bloqueio até que os tribunais cheguem a uma decisão formal sob a falência da exchange.

Série de mau usos

Relatórios da semana passada que diziam que a Alameda devia cerca de US$ 10 bilhões a FTX, mas que a exchange misturou as finanças das duas empresas. Em suma, o Grupo FTX “usou indevidamente os depósitos de clientes na FTX para conceder empréstimos não divulgados à Alameda”.

O documento também citando o empréstimo fracassado de US$ 500 milhões à Voyager feito em maio. Em todos os casos, a FTX deu sinais de que realizou fraudes ou má conduta nas operações.

A empresa, que inclui cerca de 134 subsidiárias e afiliadas em todo o mundo, está envolvida em processos judiciais complicados para liquidar e tem até um milhão de credores.

SBF, fundador da FTX e da Alameda, renunciou na sexta-feira e é possível que a empresa enfrente processos criminais, informou um comunicado oficial da Comissão de Valores Mobiliários das Bahamas.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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