Economia

Ativos investidos em ETFs de Bitcoin à vista em todo o mundo superam US$ 4 bilhões

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) ainda não aprovou o primeiro ETF de Bitcoin à vista (spot) da história dos EUA. No entanto, ao redor do mundo, esses ETFs seguem recebendo investimentos.

Um levantamento do CoinGecko, acessado pela Reuters, mostrou que ativos globais investidos em fundos negociados em bolsa que estão vinculados ao preço à vista do Bitcoin agora totalizam US$ 4,16 bilhões. Ou seja, mais de R$ 20,3 bilhões na cotação atual em reais.

De acordo com o levantamento da plataforma agregadora de dados de criptomoedas, cerca de metade deste valor (US$ 2 bilhões) estão aplicados nos sete ETFs de BTC à vista lançados no Canadá desde 2021.

ETFs de Bitcoin spot se popularizam no mundo

O relatório também mostrou que o país norte-americano também abriga o maior dos 20 ETFs em todo mundo, o Purpose Bitcoin ETF, que tem US$ 819,1 milhões em ativos. Outro ETF que também atraiu bastante investimento foi o alemão ETC Group Physical Bitcoin, que até agora atraiu US$ 802 milhões em ativos, tornando-o o segundo maior do mercado até o momento.

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Até o momento, os reguladores dos EUA deram aprovação apenas aos ETFs vinculados a contratos futuros, como o ProShares Bitcoin Strategy, que tem cerca de US$ 1,2 bilhão em ativos.

O CoinGecko também observou que os outros sete ETFs de Bitcoin spot da Europa estão constituídos em paraísos fiscais como Jersey, Ilhas Cayman e Liechtenstein. Há também produtos do tipo comercializados no Brasil e na Austrália.

No Brasil, os mais populares são os da gestora Hashdex, como o BITH11, e os da QR Asset, como o QBTC11, por exemplo.

Não nos EUA

Enquanto isso, nos EUA, a SEC segue travando a liberação de ETFs de BTC no mercado. De modo geral, o regulador alega que as criptomoedas estão vinculadas a atividades ilícitas como lavagem de dinheiro, evasão de divisas e financiamento ao terrorismo. Além disso, a agência diz que os produtos não protegem devidamente os investidores.

Por isso, até hoje a SEC só aprovou ETFs de futuros, tanto de Bitcoin quanto de Ethereum (ETH). No entanto, o mercado aponta que os fundos baseados em futuros são uma forma imprecisa e mais cara de acompanhar o desempenho do Bitcoin em um produto ETF à vista.

BlackRock, Fidelity, VanEck e várias outras gestoras apresentaram pedidos de ETFs à SEC e seguem aguardando a análise da agência de regulação.

“Resta saber se os potenciais ETFs de Bitcoin à vista dos EUA serão capazes de capturar um interesse mais forte dos investidores e ultrapassar” os ETFs canadenses e alemães, disse o CoinGecko.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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