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Ativos como Bitcoin “não atendem necessidades básicas”, diz professor de finanças da PUC

Em um artigo intitulado “O fim do dinheiro”, o professor de finanças da PUC e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fábio Gallo afirmou que ativos como ouro e Bitcoin não atendem necessidades básicas. Isso porque, segundo o também colunista do Estadão, não é possível “comer e beber” esses ativos.

Na matéria, publicada nesta segunda-feira, dia 18 de maio, Gallo afirmou o que debate sobre o dinheiro, trazido pela pandemia, estão sendo muitos ricos.

Nesse sentido, ele destacou, principalmente, a análise que diz que poderá chegar o dia em que o dinheiro perderá seu valor. De acordo com esse entendimento, nesse cenário, será mais importante possuir “ativos reais”, como Bitcoin, terra, ouro e ações do que possuir ativos financeiros.

Recomendar ouro e Bitcoin é leviano

Para Gallo, esse tipo de recomendação, tomada por alguns como um presságio de que é necessário investir em Bitcoin e ouro, é “é leviana, se não for maldosa”. Gallo justificou sua afirmação ressaltando que comprar Bitcoin é de “muito risco”.

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Ele pontuou especificamente a desvalorização do criptoativo em março, quando o BTC sofreu uma queda de quase 40%. Gallo não comentou, no entanto, que esse movimento foi observado em todas as bolsas e que o Bitcoin conseguiu se recuperar depois do evento.

“Sem polemizar, acredito que temos de entender melhor o assunto e propor uma orientação mais correta. Esse tipo de comentário nasce do fato de que, no combate ao caos econômico, os bancos centrais buscam estimular a economia oferecendo liquidez pela recompra de títulos. Principalmente o Fed, o BC americano, está praticando o afrouxamento quantitativo (“quantitative easing”- QE)”, destacou.

Bitcoin e ouro não substituirão ativos financeiros

O professor observou que a emissão de moedas é interpretada como sendo “desproporcional” por algumas pessoas. Entretanto, para ele, essas ações “estão dentro da programação”. 

Afinal, conforme afirmou, as autoridades monetárias não são tolas. Além disso, elas teriam conhecimento sobre possíveis efeitos desastrosos decorrente do crescimento da base monetária sem um crescimento econômico justificável.

Gallo comentou que se houvesse uma emissão desproporcional, chegaria ao ponto em que não seria possível comprar nada. Afinal, a moeda perderia seu valor. Ainda, ele questionou:

“Aí vem a pergunta: nessa condição, de que adianta ter ouro ou Bitcoin? O ser humano não come e não bebe ouro. Ativos como esses não atendem nossas necessidades básicas. Sem declaração de temporalidade, a forma como iremos manter reserva de valor e realizaremos transações acredito que serão totalmente transformadas. Sim, é possível admitir que poderemos substituir o que hoje denominamos moeda.”

Entretanto, segundo o professor, não é possível interpretar um tema tão complexo de maneira simplista. Isto é, sugerir que ouro e Bitcoin substituirão os ativos financeiros tradicionais.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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