Segurança

Atividade hacker cai pela metade em 2023, revela pesquisa

Os volumes de hackers recuaram mais de 50% até agora em 2023 em comparação com o ano passado, de acordo com pesquisa recente do TRM Labs.

O número de ataques, cerca de 160, permaneceu relativamente estável desde 2022. No entanto, os US$ 1,7 bilhão roubados pelos cibercriminosos até novembro de 2023 são menos de metade dos quase US$ 4 bilhões perdidos devido a hackers no ano passado

Volumes cumulativos de hackers, 2023 x 2022

Ataques hackers em 2023

De acordo com a TRM, é até possível que grandes hacks ocorram neste mês de dezembro, preenchendo a lacuna em dezembro de 2023. Mas é provável que, mesmo assim, o ano de 2023 termine com um valor totais significativamente inferiores aos de 2022.

Conforme apontou a TRM, os ataques à infraestrutura foram responsáveis ​​por quase 60% do valor total roubado em 2023.

A empresa destacou que o tipo mais prejudicial de ataque à infraestrutura é o roubo de chave privada ou o comprometimento da frase-semente, no qual os hackers obtêm acesso à infraestrutura subjacente de um sistema de criptomoeda, seus servidores, redes ou software, e conseguem roubar fundos ou manipular negociações.

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Segundo o relatório, esses ataques custaram, em média, cerca de US$ 30 milhões, e foram maiores que os ataques de protocolo e explorações de código. Juntos, esses ataques representaram um quinto dos volumes de hackers.

“Tal como em 2022, um pequeno número de hacks em grande escala foi responsável pela maioria dos roubos de criptomoedas, com os dez principais hacks representando quase 70% de todos os fundos roubados”, disse a TRM.

Vários ataques hackers superaram os US$ 100 milhões, incluindo ataques contra Euler Finance (março), Multichain (julho), Mixin Network (setembro) e Poloniex (novembro).

Possíveis razões para a queda

Por fim, a empresa destacou que três fatores principais podem ter contribuído para o declínio dos ataques em 2023:

  • Melhoria das medidas de segurança da indústria: A indústria de criptomoedas aprimorou seus protocolos de segurança, incluindo monitoramento de transações em tempo real e sistemas de detecção de anomalias;
  • Reforço das medidas de aplicação da lei: As agências de aplicação da lei em todo o mundo intensificaram o seu foco no crime cibernético envolvendo criptomoedas. Além disso, houve uma maior colaboração entre as agências de aplicação da lei;
  • Coordenação mais estreita da indústria: as exchanges, os provedores de carteiras e as redes blockchain intensificaram o compartilhamento de informações sobre vulnerabilidades, ameaças e violações.

Contudo, apesar do panorama positivo, o cenário dos hacks continua em rápida evolução. Dessa forma, o surgimento de uma nova ameaça poderá reverter rapidamente o declínio nos volumes de hacks.

“A vigilância e a adaptabilidade continuam a ser cruciais à medida que a indústria e as autoridades policiais tentam manter esta trajetória positiva até 2024”, concluiu.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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