Economia

Argentina vai minerar Bitcoin com gás da produção de petróleo

A Argentina está seguindo os passos dos Estados Unidos e embarcando na mineração de Bitcoin utilizando gás produzido pela indústria petrolífera. A petrolífera argentina Tecpetrol planeja estabelecer um pool de mineração no campo petrolífero de Vaca Muerta, localizado a oeste do país sul-americano.

O diretor-executivo da Tecpetrol, Ricardo Markous, revelou que o projeto aproveitará o gás de seis poços localizados no campo, que geram um volume diário estimado de 60 mil metros cúbicos de gás natural. Esse gás será direcionado para três contentores, onde será utilizado para gerar energia que alimentará os mineradores de criptomoedas no local.

Markous enfatizou que a mineração de Bitcoin contribuirá para a preservação do meio ambiente, já que o gás excedente das operações da Tecpetrol não será queimado, mas sim aproveitado para fins lucrativos.

Mineração de Bitcoin na Argentina

As operações de mineração em Vaca Muerta estão programadas para iniciar no final de outubro e início de novembro de 2023. A Tecpetrol contratou uma empresa dos Estados Unidos que se especializa em extrair Bitcoin do gás excedente.

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Embora o nome da empresa não tenha sido revelado, desde 2021, empresas petrolíferas no Texas, nos Estados Unidos, têm utilizado gás natural para gerar eletricidade e minerar Bitcoin, em especial a brasileira Arthur Mining.

O projeto da Tecpetrol segue a tendência da Plus Petrol, que também busca utilizar gás excedente em suas operações em Vaca Muerta para mineração de Bitcoin.

Além disso, a Yacimientos Petroliferos Fiscales Argentina (YPF Argentina) lançou um projeto piloto que abastece uma fazenda de mineração de Bitcoin com 1 megawatt de eletricidade gerada a partir de excedentes de gás de Vaca Muerta.

Essas operações de mineração de Bitcoin com gás natural na Argentina contribuem para a narrativa de uma atividade cada vez mais ecológica, beneficiando o meio ambiente ao evitar a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera.

Além disso, tornam a mineração mais lucrativa, reduzindo os custos operacionais ao extrair Bitcoin diretamente de fontes de energia, em vez da rede elétrica convencional.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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