Após três anos de regulamentação, fundos de criptomoedas atingem marca de R$ 2,7 bilhões captados

O dia 19 de setembro foi uma data especial para o mercado de criptomoedas brasileiro. Naquele dia, em 2018, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizou que fundos de investimento pudessem ter exposição à criptomoedas.

Três anos depois da autorização, os números mostram o forte crescimento do mercado. Em termos de quantidade, já são 19 fundos de criptomoedas, o dobro do ano passado. Por outro lado, o financeiro, o mercado atingiu mais de R$ 2,6 bilhões em captações – 12 vezes mais que em 2020.

Fundos regulados ganharam espaço

Apesar de não serem bem vistos por parte da criptoesfera, é inegável que os fundos regulados ajudaram a trazer mais investidores para as criptomoedas. Graças a esses instrumentos, agora são 182 mil brasileiros que possuem exposição ao mercado por meio de fundos.

Todavia, o mercado ainda tem poucas opções voltadas para os pequenos investidores. Dos 19 fundos que existem, apenas quatro são voltados para o pequeno investidor. Entre os 15 restantes, 12 são exclusivos para investidores qualificados e três para profissionais.

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Além do número de fundos e capital investido, a quantidade de gestoras também se proliferou. Hoje são oito gestoras que oferecem pelo menos um fundo de criptomoedas:

  • QR Asset Management;
  • Hashdex;
  • Vitreo;
  • BLP;
  • BTG Pactual;
  • A5 Investimentos;
  • Titanium Invest;
  • Giant Steps Capital.

Se os resultados de captação superaram as estimativas, os resultados dos fundos não deixam a desejar. Ao contrário: os fundos de criptomoedas frequentemente estão entre os maiores retornos do mercado. No comparativo abaixo, os fundos chegam a apresentar retornos de quase 600% em apenas dois anos.

Regulação recebe elogios de gestores

Bruno Sousa, Diretor Jurídico e de Compliance da Hashdex, elogiou a regulamentação da CVM. De acordo com ele, a regulamentação colocou o Brasil em uma posição de vanguarda no mercado de criptomoedas. Ao mesmo tempo, permitiu a liberdade de crescimento neste mercado.

“Acreditamos que a CVM teve desde o início a postura de um grande regulador – preocupada com a proteção do investidor, mas agindo de maneira a permitir o desenvolvimento saudável do mercado”, disse.

Criada no início de 2018, a Hashdex precedeu a regulamentação da CVM e começou a oferecer seus fundos no Brasil um ano depois. Em pouco tempo, a gestora atingiu a marca de R$4 bilhões sob gestão, distribuídos em seis fundos de investimento.

A empresa também lançou três fundos negociados em bolsa (ETF) de criptomoedas. O primeiro foi o HASH11, fundo que investe em uma cesta de criptomoedas. Em seguida vieram o ETF de Bitcoin (BITH11) e de Ether (ETHE11).

Para Fernando Carvalho, CEO da holding QR Capital, a regulamentação fez o mercado brasileiro evoluir a passos largos. A QR Asset, braço de investimentos da holding, conta com quatro fundos e dois ETFs em seu portfólio. NO total, a gestora administra R$ 753 milhões em ativos de seus mais de 70 mil clientes.

“Esse comparativo entre janeiro de 2019 e setembro de 2021, por si só, já demonstra a robustez do mercado como um todo, sobretudo se considerarmos que frequentemente fundos de cripto figuram nos rankings mensais de fundos mais rentáveis. Desde a fundação da QR Capital, buscamos sempre trazer o BTC e os criptoativos para o mercado regulado, de forma a permitir ao investidor brasileiro acessar essa inovadora classe de ativos”, disse Carvalho.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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