Categorias Notícias

Após ser comprada pela Binance, CoinMarketCap remove evidências de negociação de lavagem da exchange

Pouco mais de um mês após ser adquirido pela Binance, o provedor de dados sobre criptomoedas CoinMarketCap (CMC) mudou seu sistema de classificação de câmbio. Além de colocar a Binance no topo do ranking com a mudança, o site também removeu os números que indicavam que a exchange abrigava comércio de lavagem. 

De acordo com um comunicado, divulgado pelo CoinMarketCap no dia 13 de maio, a nova métrica classifica as exchanges pelo tráfego da web. Assim, ao invés de solicitar que as exchanges enviem seus números de usuários, um “bom proxy intermediário” será o tráfego da web, informou o CMC.

Desta forma, o proxy levará em conta parâmetros como: visualizações de página, contagem de visitantes únicos, taxa de rejeição e tempo no site. Também serão consideradas a classificação relativa e as pesquisas de palavras-chave nos principais mecanismos de pesquisa.

Entretanto, a CMC afirmou estar ciente que esse parâmetro não fornecerá uma imagem completa. Isso porque existem comerciantes que negociam usando chaves de API, por exemplo. No entanto, a métrica será uma “etapa intermediária” de um processo interativo criado pelo provedor.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Binance estaria manipulando as métricas?

No Twitter, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, informou sobre a mudanças e comentou:

“Pessoalmente, acho esse ranking útil novamente. Agora, finalmente posso ter uma visão clara do campo e ver quem são as próximas exchanges reais, lol.”

O post gerou um debate interessante. Isso porque um de seus seguidores comentou:

“Hmm Binance compra a CMC, não satisfeito com os rankings, inventou um novo método, Binance magicamente rank 1, missão concluída. Sério, isso resume muito bem.”

Em resposta, a CMC twittou:

“Olá Georg, lançaremos mais atualizações iterativas para combater a inflação em volume. Essa é apenas uma métrica. Preferimos apresentar opções diferentes aos nossos usuários para que eles possam tomar suas próprias decisões informadas. As classificações mudam quando você classifica pelas diferentes métricas.” 

No tópico da conversa, o CMC ainda destacou que com base no fator de tráfego da Web, a Binance passou a liderar o ranking. Além disso, o provedor comentou que, embora a Binance seja a mais bem classificada com base nesse fator, é possível classificar as exchanges por diferentes métricas no gráfico.

CMC remove indicador de lavagem

Outra mudança importante foi a remoção do indicador de negociação de lavagem. Implementada em 2018, a métrica foi projetada para fornecer dados mais precisos e eliminar a negociação de lavagem.

Assim que a Binance adquiriu o CMC, o volume de câmbio declarado pela Binance no CMC era US$ 6,7 bilhões. No entanto, o provedor também incluiu o volume ajustado que seria de US$ 2,1 bilhões.

Trata-se de uma métrica projetada para remover qualquer atividade suspeita e que teria sido removida. Nesse aspecto, a Binance também lidera agora.

Segundo o CMC, “o volume ajustado é uma maneira de visualizar todas as exchanges, excluindo os dados que são distorcidos ou potencialmente suspeitos”. Dessa forma, o volume ajustado forneceria uma apresentação mais detalhada dos dados e do volume relatado pelas exchanges por meio de sua API.

Sobre isso, Carylyne Chan, diretora de estratégia da CoinMarketCap, disse:

“Nossa métrica de volume ajustado apenas ajusta para – ou seja, remove – o volume proveniente de mercados que não têm taxas ou têm mineração de transações; também remove o volume de negociação de derivativos. Não tem nada a ver com atividades comerciais suspeitas.”

Leia também: Binance alerta para phishing em anúncio

Leia também: Binance bloqueia fundos em ETH roubados da Upbit

Leia também: CEO do CoinMarketCap: “Nada garante que o preço do Bitcoin subirá antes ou depois do halving”

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.