Após Craig Wright, chinês também solicita registro de autoria do whitepaper do Bitcoin

O fato de Craig Wright ter solicitado o registro de autoria do whitepaper do Bitcoin aparentemente abriu a porteira para que mais pessoas seguissem o exemplo. Algo que aconteceu na China quase ao mesmo tempo que o registro feito pelo programador australiano.

Segundo a matéria, um cidadão chinês chamado Wei Liu também fez o pedido de registro de autoria do whitepaper do Bitcoin. Ele tornou-se a segunda pessoa no mundo – após Wright – a fazer o pedido de registro. Como é possível ver na imagem abaixo, Liu fez o pedido registro no dia 24 de maio, dois dias depois do pedido de Wright.

Wei Liu já tem um histórico de trabalho com criptoativos. Ele é CEO do fundo de investimento em criptoativos MarvelousPeach Capital. Antes disso, ele foi COO do pool de mineração F2Pool e começou a minerar Bitcoin em 2011. Ele também trabalhou em uma carteira de criptoativos, a Cobo Wallet.

Inicialmente, Liu manteve seu anonimato. No entanto, o portal de notícias Coindesk conseguiu entrar em contato com o empresário, que mora em Pequim. Liu aceitou falar com o portal a respeito de sua iniciativa.

Diferentemente de Wright, Liu admitiu não ser Satoshi Namakoto e disse que tampouco escreveu o whitepaper. Seu pedido, afirmou, serve mais como uma sátira para mostrar que qualquer pessoa pode fazer esse tipo de requisição, ainda que ele não seja de fato Satoshi. Liu afirmou que seu objetivo ao registrar o documento era apontar que o direito autoral é tecnicamente insignificante nesse contexto.

Ele também queria zombar do que ele chama de “adoradores de CSW (Craig S. Wright)”.

“Fiz o pedido apenas para informar às pessoas que qualquer um pode registrar um direito autoral. Por essa ótica, todos podem ser Satoshi Nakamoto”, explicou.

Liu postou no Weibo (o equivalente chinês do Twitter) que ele estava “tirando sarro do ‘culto a Craig Wright’, visto que muitos dos seus defensores afirmaram que apenas ele pode registrar direitos autorais sobre o whitepaper, ninguém mais”.

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