Categorias Notícias

Após o ataque ao Twitter, Internet de propriedade do usuário é necessidade absoluta

Conforme noticiou o CriptoFácil, na última quarta-feira (15), exchanges e figuras famosas das criptomoedas e pessoas públicas foram hackeadas no Twitter.

Empresários como Elon Musk, Bill Gates e Jeff Bezos tiveram suas contas atacadas no que pode ter sido o maior golpe da história das criptomoedas.

Diante disso, abre-se uma discussão sobre a propriedade da Internet e suas brechas na segurança.

Golpes multifacetados ao Twitter

Quem abordou essas questões em um artigo foi o colunista do CoinDesk, Nic Carter. Segundo ele, levando em conta o ataque ao Twitter, faz-se absolutamente necessária uma internet de propriedade do usuário.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Carter fundamenta sua afirmação na magnitude do ataque, no que diz respeito às pessoas atingidas, mas, principalmente na reputação do Twitter.

“A resposta do Twitter foi lenta e simbólica. O período da anarquia durou várias horas. Sem dúvida, o pessoal do Twitter estava ciente, mas não podia ou não estava disposto a desligar a plataforma durante a turbulência, como deveria”, escreveu Carter.

Essa inércia, então, provocou “golpes multifacetados” na reputação da rede social, que terá de responder à perguntas do governo sobre a falha de segurança. Além disso, muitos usuários não se sentirão mais seguros para compartilhar informações via mensagem direta.

“Terceiros confiáveis ​​são brechas de segurança”

O Twitter disse que o ataque foi causado por hackers que comprometeram uma das contas de seus funcionários. Para Carter isso corrobora o que os entusiastas das criptomoedas e da Web 3.0 afirmam há anos:

“Terceiros confiáveis ​​são brechas de segurança.”

Além do mais, levanta o questionamento sobre por que os funcionários do Twitter comandam contas na plataforma.

Carter ainda observa que se os hackers estivessem mais inclinados ao caos, poderiam usar o ataque para outros fins. Como por exemplo, inventar um incidente internacional entre nações hostis.

Como se não bastasse, ainda circulam nas redes imagens de capturas de tela das ferramentas internet do Twitter. Essas capturas mostram palavras-chave como “lista de restrição de tendências” e “lista de restrição de pesquisa”.

Desta forma, evidencia que o Twitter exerce algum julgamento editorial no aprimoramento algorítmico. E, para Carter, isso intensificará a visão entre os críticos de que o Twitter é um serviço partidário de editorial, e não o neutro como afirma ser.

Ferramentas para controlar a fala

Por fim, Carter pontua que não há garantias que Jack Dorsey possa assegurar que a plataforma não sofrerá outro ataque futuramente.

“[O Twitter] tem buscado agressivamente mais controles, juntamente com cronogramas algorítmicos (em vez de cronológicos), mais verificação de fatos e intervenção mais direta em tópicos de tendências. Todas essas medidas constituem um conjunto de ferramentas eficiente para controlar a fala”, enfatizou Carter.

Por isso, para o colunista, o conteúdo contribuído pelo usuário deve ser entendido como propriedade. Diferente do modelo atual em que a plataforma controla tudo, monetiza o conteúdo do usuário e pode expulsá-lo por qualquer motivo.

Aplicativo em blockchain

Por tudo isso, um aplicativo não monetário baseado em uma blockchain pública passa a fazer sentido.

Já que sistemas baseados em Bitcoin ou Ethereum, por exemplo, permitem que os usuários se autentiquem genuinamente on-line por meio de criptografia de chave pública.

Carter reconhece que esses sistemas sociais baseados em blockchain ainda não imaturos. Entretanto, não são mais uma solução procurando por um problema.

“Uma Internet social operada e de propriedade do usuário construída em uma infraestrutura de chave pública é uma necessidade absoluta, se quisermos resistir aos tiranos, tanto no setor público quanto no setor privado”, concluiu.

Leia também: Twitter explica invasão e golpes com Bitcoin executados por hackers

Leia também: Líder de pirâmide financeira é assassinado e corpo é dividido em malas

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.