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Após alta pós-halving, taxas da rede do Bitcoin tem redução de 54%

Um dos temores do pós-halving era que as taxas de transação do Bitcoin subissem demais. De fato, houve uma alta nos dias seguintes ao halving. Porém, a taxa média de transação do BTC caiu mais de 50% nos últimos cinco dias.

Dados do site BitInfoCharts mostram que a taxa média do BTC diminuiu quase 54%. O valor saiu de US$ 6,65 (R$ 35,57) em 20 de maio para US$ 3,07 (R$ 16,42) em 25 de maio. A taxa mediana chegou a US$ 3,91, mas agora caiu para US$ 1,65.

Hayden Otto, um dos apoiadores do Bitcoin Cash, disse que, se o congestionamento na rede do BTC continuar, ele empurrará os usuários para altcoins. Tal fenômeno ocorreu em 2017 e em parte de 2018, no chamado “boom das altcoins”.

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“Quando o Bitcoin está operando em capacidade com um enorme estoque de transações, lentamente [perde usuários para altcoins] novamente. […] eu tenho certeza que a maioria das pessoas que tentam movimentar fundos converterá (Bitcoin) em outra moeda antes de se retirar das exchanges.”

Otto argumenta que existe uma correlação direta entre o congestionamento do Bitcoin, taxas mais altas e a migração de usuários para outras criptomoedas. Segundo ele, “isso resulta em uma queda no domínio do mercado do Bitcoin enquanto o das altcoins explode”.

Halving aumenta especulações sobre taxas e capacidade da rede

Antes do halving, havia um temor de que uma queda no hash rate poderia desestabilizar a blockchain do Bitcoin. Por exemplo, o primeiro ajuste de dificuldade pós-halving viu uma queda de 6% no hash rate da rede.

Otto argumenta que o halving de fato realmente teve esse efeito desestabilizador na dinâmica funcional do BTC. Porém, esse movimento começa a suavizar.

Ele disse que o número de transações não confirmadas na rede estabilizou recentemente em pouco mais de 20.000. O nível mais alto deste ano foi de mais de 80.000. Isso é um sinal de que a rede Bitcoin está recuperando a estabilidade e se ajustando à realidade pós-halving.

Otto também destacou que o ajuste de dificuldade ajudou a diminuir o congestionamento da rede, mas ele pode não ser suficiente. “Já tivemos um ajuste de dificuldade desde a metade, mas serão necessários mais um ou dois ajustes até que se estabilize. Devido a um declínio na taxa de hash, os blocos estão sendo produzidos mais lentamente”.

Ele destacou que a média de tempo da mineração dos blocos pode demorar para se aproximar do tempo de 10 minutos.

“O hash rate do BTC caiu quase 30% desde o halving e a dificuldade diminuiu apenas 6%. Portanto, a dificuldade precisará diminuir ainda mais antes que os blocos sejam extraídos em intervalos médios de 10 minutos.”

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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