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Apesar da fama, empréstimos de exchanges rendem mais do que DeFi

Os resultados de um relatório da Kraken Intelligence mostraram que os rendimentos dos empréstimos em criptomoedas são maiores no Financiamento Centralizado (CeFi) do que nas finanças descentralizadas (DeFi).

Segundo o relatório, embora cada plataforma estabeleça suas próprias regras, as taxas de juros tendem a ser significativamente mais altas em CeFi em comparação com DeFi.

Os dados foram compilados no relatório intitulado “Crypto Yields-A Simple Breakdown”.

CeFi x DeFi

O documento publicado em 11 de dezembro pela Kraken indica que CeFi é mais rentável que DeFi.

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No relatório, a exchange avaliou os diferentes produtos que geram retorno e que estão disponíveis no mercado de criptomoedas.

Mais especificamente, o relatório se concentrou nas plataformas de crédito, embora também mencione derivativos e staking.

“Observamos como cada um funciona, quais os benefícios que oferecem e os riscos associados”, disse a Kraken em seu blog.

A publicação destaca que a obtenção de retornos atraentes surgiu como uma nova oportunidade dentro do ecossistema.

No entanto, a exchange vê isso como uma oportunidade que também traz riscos, mesmo quando “as taxas de juros ou recompensas em criptomoedas excedem a maioria das taxas que podem ser obtidas com produtos financeiros tradicionais”.

Entre os produtos avaliados, estão as plataformas de CeFi onde os usuários podem solicitar empréstimos em ativos digitais.

Assim, o documento explica que, por serem centralizadas, as taxas de juros são fixadas pela própria entidade. Ao contrário do que ocorre no DeFi.

Portanto, com esta classificação, a Kraken listou plataformas como Binance Savings, BlockFi, Rede Celsius e Nexus. Nelas, as taxas de juros anuais para empréstimos em BTC ou ETH podem chegar a 12%.

Ainda comparando CeFi com DeFi, a Kraken explicou que CeFi costuma ter a custódia dos fundos dos clientes. Além disso, os pedidos de empréstimos devem ser aprovados pela plataforma e podem restringir geograficamente o acesso dos usuários.

Por outro lado, no DeFi, os produtos e serviços são operacionalizados por contratos inteligentes e as taxas de juros são mais voláteis.

Isso porque, segundo Kraken, não existem entidades centralizadas que definem as taxas.

“Em vez disso, são as forças do mercado que determinam as taxas de retorno.”

O estudo menciona plataformas DeFi como Aave, Compound, Fulcrum e dYdX. Nelas, as taxas de juros anuais variam de 0,02% a 8,74%.

A maioria trabalha na rede Ethereum. Já os empréstimos são feitos principalmente em tokens ERC-20 ou tokens como Wrapped BTC, pareado com BTC em 1:1.

AMMs

O estudo se concentrou principalmente em Formadores de Mercado Automatizados (AMMs, na sigla em inglês) e DeFi de empréstimo. Nesse caso, além de pagar juros aos usuários, o serviço inclui agregadores de liquidez (pools).

“Os AMMs operam com pools de liquidez por meio de contratos inteligentes. Cada pool funciona com uma combinação de diferentes pares de criptomoedas que os usuários podem depositar ou trocar”, explicou a Kraken.

Sobre este tipo de plataforma, o estudo afirma que “cada credor ou AMM estabelece as suas próprias regras”. Isso significa que ativos disponíveis, retornos e regras de participação variam de acordo com a plataforma.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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