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Apesar do yuan digital, China cita stablecoins como risco ao sistema financeiro

A China espera implementar completamente sua moeda digital até 2022. Contudo, ao mesmo tempo, o chefe do Banco Popular da China classificou Bitcoin e stablecoins como riscos ao sistema financeiro.

A controversa fala foi relatada por Colin Wu, famoso jornalista chinês. Wu ressalta ainda a importância do ato, uma vez que a China nunca fundamenta suas investidas contra o Bitcoin.

Além disso, ele ressalta que a stablecoin USDT é principalmente usada por chineses. Desta forma, é possível que novas ações impactem o mercado de criptomoedas.

China segue nos ataques

Apesar da fala sobre os “riscos e desafios” ao sistema monetário internacional, o chefe do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) diferenciou o yuan digital.

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Além de enaltecer o yuan digital, Fan Yifei afirmou que o país ainda avalia se Bitcoin e stablecoins podem ser usadas como “crédito monetário”.

“Estudos apontam que moedas digitais de bancos centrais não impactariam o sistema financeiro existente,” respondeu Yifei durante uma conferência de imprensa.

Outro fato mencionado pelo chefe do PBoC, este talvez preocupante, foi a existência de diferentes listas para o uso do yuan digital. Ao que tudo indica, será necessária “aprovação” para utilizar a moeda digital.

Atualmente, a lista de usuários “liberados” já soma 10 milhões de nomes. Caso a economia chinesa realmente migre para o ramo digital, pessoas podem viver à margem desse sistema.

Contudo, as atividades recentes da China envolvendo criptomoedas não pararam por aí.

Grupo de desenvolvimento é afetado

O Centro de Pesquisa de Aplicações em Blockchain da China sofreu uma investida do governo. O grupo já tinha seis anos de existência, sendo uma instituição conhecida na China, e teve suas atividades banidas do país.

A ação faz parte da iniciativa “Eliminando o solo fértil das organizações sociais ilegais e purificando a esfera ecológica de organizações sociais”. Nesse sentido, o Escritório de Assuntos Cíveis de Pequim (responsável pela ação) afirmou que as atividades do grupo eram “ilegais”.

Embora por si só a notícia não seja positiva, ela pode ter outros desdobramentos. Fazem parte do grupo os fundadores das exchanges OKEx, Huobi e Bibox. Além disso, segundo Colin Wu, diversas baleias do ecossistema chinês de criptomoedas também integram o grupo.

Não se sabe se tais fatos estão relacionados, mas o mercado de balcão (OTC) da Huobi foi fechado no mesmo dia da ação. Apesar de ter retomado as atividades rapidamente, ainda não se sabe o impacto que pode recair sobre as exchanges.

Por fim, falando sobre exchanges, Colin Wu ressalta que o governo chinês está em um dilema envolvendo as plataformas de negociação de moedas digitais. Isso porque um banimento faria com que as atividades fossem mascaradas, impedindo que exchanges ajudassem o governo a prender suspeitos de lavar dinheiro.

Por outro lado, ao deixar abertas as exchanges, pessoas são incentivadas a utilizar seus serviços. Todo o cenário, segundo Wu, coloca a China em um dilema.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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