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Apesar da queda de preço o interesse dos investidores institucionais pelo Bitcoin aumenta

Do seu recorde de preço em dezembro de 2017 até a sua cotação mínima em 2018, o preço do Bitcoin chegou a recuar 60%. O destaque da moeda digital na grande mídia também parece ter diminuído. Esses fatores podem levar alguém a entender que o interesse no ativo acabou, que é questão de tempo até que ele seja relegado ao esquecimento – e a sua cotação caia ainda mais.

Porém, tal percepção não corresponde a atual realidade do cenário do Bitcoin no mundo. De fato, a recente recuperação no preço da moeda (que chegou a alcançar US$9 mil nos últimos dias) mostra que não apenas o mercado continua chamando a atenção, mas também, segundo vários veículos e analistas especializados em criptoativos, está ocorrendo um grande aumento no número de investidores institucionais que aplicam parte do seu capital em Bitcoin.

Dinheiro institucional em fluxo

Das bolsas de futuros de Chicago até George Soros, diversas notícias e relatórios de analistas apontam a tendência de entrada de grandes investidores no mercado. E, como isso, a entrada de enormes somas de dinheiro.

Um deles foi Jeffrey Van de Leemput, analista que trabalha para o Cryptocampus. Em um artigo postado no portal Money News, Leemput atestou o influxo de interesse desses investidores, afirmando que:

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“Grandes somas de dinheiro está agora entrando no mercado pela primeira vez”. Leemput acrescentou que “há alguns dias atrás eu ajudei a criar uma transação de 200k BTC para compradores chineses … Soros, etc., estão entrando, agora veremos o início da verdadeira bolha.”

Outra analista que atestou uma nova entrada de capital no mercado foi Olga Feldmeier, diretora executiva da Smart Valor. Ela previu que uma forte ruptura acima da área de US$8 mil poderia ter o potencial de incluir “um ponto de partida para a próxima fase de alta, a qual muitos investidores esperaram por um longo tempo e que agora está próxima de chegar.

O analista de criptomoedas do Saxo Bank Jacob Pouncey, trouxe uma abordagem diferente: ele reconheceu que as recentes proibições de publicidade e o potencial de ação regulatória contra os criptoativos representam uma ameaça e uma possível restrição a um maior ímpeto de alta. No entanto, ele também afirmou que “não podemos descartar a possibilidade de um retorno (da tendência de alta).”

Bolsa de Chicago registra volume recorde em mercados futuros

A Chicago Mercantile Group (CME), uma das bolsas que operam contratos futuros de Bitcoin, relatou um aumento de mais de 50% no volume de negociação de seus contratos futuros de Bitcoin, desde o seu lançamento em dezembro. Durante março, aproximadamente 2.500 contratos (no valor de 5 BTC cada) foram negociados, número bem acima do volume de dezembro, que foi de 1.600 contratos.

Tim McCourt, diretor-gerente e chefe global de produtos de capital e investimentos alternativos da CME, disse recentemente que o volume de negócios aumenta constantemente a cada mês. McCourt também afirmou que uma maior regulamentação dos mercados está trazendo mais investidores institucionais para o setor, afirmando que:

“Mais regulamentação aumentará a eficiência do mercado e dará confiança aos investidores.”

Vale lembrar que a CBOE (Chicago Board Option Exchange), a outra bolsa que opera mercados futuros, se manifestou a favor de uma regulamentação do mercado em março, quando pediu à SEC que liberasse a criação de um ETF baseado em Bitcoin. A bolsa já apresentou pelo menos três tentativas de registrar um fundo do tipo.

Talvez a regulamentação ainda seja um dos principais empecilhos para criar segurança no mercado de criptomoedas. As discussões sobre o tema geradas na reunião do G20 na Argentina mostram a necessidade urgente que se criem regras claras, que possibilitem aos mercados operarem de maneira segura e, assim, poderem atender a toda essa demanda de grandes fundos e investidores institucionais para introduzir mais dinheiro no mercado de criptoativos.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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