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Apenas 4 empresas controlam 95% da produção de equipamentos de mineração de Bitcoin

Um recente relatório divulgado pela Token Insight revela mais um aspecto da centralização no mercado de criptomoedas e destaca que 95% do mercado de fabricação de equipamentos de mineração de Bitcoin, ASICs, é controlado por apenas quatro fabricantes, e todas as empresas são chinesas. A Bitmain está no topo da lista, concentrando entre 55% e 60% do setor. Em segundo lugar está a Whatsminer, com 20% do mercado, seguida pela Canaã com 10% e pela Ebang com 5%.

O restante da indústria é composta por pequenos fabricantes e representa apenas 5% do mercado. Outro aspecto destacado pela pesquisa é que a China, além de dominar a fabricação de ASICs, também é a nação que abriga o maior número de fazendas de mineração de Bitcoin. Outro dado importante, divulgado recentemente pela CoinShares revelou que 65% da taxa de hash do Bitcoin vem da China, mas em 2019, esta taxa chegou a bater os 80%.

Changpeng Zhao, fundador da exchange Binance, comentou no início de dezembro que a mineração de criptomoedas está sendo amplamente promovida pelo governo chinês. As últimas declarações do presidente Xi Jinping confirmaram que as autoridades do país têm um grande interesse em fazer da China uma líder no ecossistema global de blockchain. Zhao também enfatizou que a promoção da mineração de Bitcoin está sendo realizada como um plano do governo para “controlar o Bitcoin”.

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Enquanto a indústria de mineração caminha para uma centralização, no caso dos pools de mineração que são vitais para o processo, há uma “guinada” para a descentralização. O BTC.com perdeu sua liderança de anos, sendo substituído por uma nova empresa chamada Poolin, que agora é responsável por 17% da taxa de hash da rede. Por outro lado, o pool F2 reuniu, em média, 13% da taxa de hash do Bitcoin durante 2019, de acordo com o Token Insight. 

Poolin, embora tenha apresentado melhor desempenho nos últimos meses de 2019, fechou o ano com com 12%, junto com Antpool. Slushpool e ViaPool processaram 8% da taxa de hash da rede, enquanto BTC.TOP, Huobi Pool e Bitfury 7,5% e 4%, respectivamente. O restante do setor processou 15% da taxa de hash da rede , incluindo grupos desconhecidos de mineradores.

Embora uma parte importante dos pools de mineração mencionados acima também seja da China, o Token Insight acredita que o aumento da concorrência aumentou a descentralização. As operadoras estão oferecendo uma variedade maior de serviços e benefícios para as mineradoras a fim de atrair clientes, além de atualizar seus métodos de pagamento. Nesse sentido, analistas apontam que o setor de mineração poderia estar evoluindo para um setor menos centralizado e mais competitivo.

Leia também: Relatório da CoinShares mostra perspectivas para o setor de mineração de Bitcoin em 2020

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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