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Aparelhos de TV pirata estão minerando criptomoedas, investiga Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está investigando suspeitas de que as TV Boxes piratas conseguem minerar criptomoedas sem consentimento dos usuários. Para isso, a agência criou um grupo de pesquisa que fará engenharia reversa nos dispositivos para analisar se há riscos aos usuários.

A TV Box é um dispositivo que libera sinal de serviços pagos a preços muito inferiores aos praticados no mercado. Na prática, os aparelhos promovem pirataria audiovisual. Além disso, há suspeitas de que alguns modelos possam liberar acesso para coleta de dados via Wi-Fi do consumidor:

“Temos recebido diversos relatos de que esses aparelhos são usados para criar backdoors nas redes Wi-Fi para coleta de dados dos usuários dessa rede. Também se aproveitam da energia do consumidor para garimpar para terceiros criptomoedas”, disse Wilson Wellisch, superintendente de Fiscalização da Anatel, ao site Tele Síntese.

Mineração de criptomoedas na Smart TV

Agora, a Anatel criou uma equipe para analisar os modelos mais populares de TV Boxes para confirmar as suspeitas.

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Os técnicos realizarão a engenharia reversa tanto na parte de hardware quanto no software dos aparelhos. Essa técnica consiste em descobrir os princípios tecnológicos de um dispositivo através da análise de sua estrutura, função e operação.

Nesse caso, o objetivo é verificar se os aparelhos ilegais representam risco à segurança e privacidade do usuário.

Conforme relatou o Tele Síntese nesta quinta-feira (24), o grupo chamado “GT TV” foi criado pela agência na última semana. A equipe está sendo coordenada pela Superintendência de Fiscalização da Anatel.

Apesar de terem poucos dias de trabalho, eles já descobriram que os dispositivos possuem um poder de processamento muito superior ao necessário para executar as aplicações instaladas.

De acordo com o grupo, isso sinaliza para a possibilidade de os equipamentos estarem, de fato, minerando criptomoedas. Naturalmente, isso estaria ocorrendo sem a autorização dos donos dos aparelhos. Uma das consequências disso é um aumento substancial do consumo energético do espaço. 

“A ideia é ter um relatório pronto até o final de agosto. Pretendemos colocar o material em consulta pública, aprimorá-lo, a fim de ter um documento oficial com as constatações de engenharia reversa desses aparelhos. Isso será feito por um órgão técnico e sem viés”, explicou Wellish.

Anatel quer coibir venda de TV Box

O superintendente da Anatel também disse que um dos desdobramentos é a busca e apreensão dos equipamentos piratas.

Segundo ele, os aparelhos não são homologados pela Anatel, promovem pirataria audiovisual e são contrabandeadas. Assim, o GT também trabalhará para tentar inibir a venda online dos equipamentos pelo varejo online.

Ademais, o grupo pretende elaborar um documento com recomendações à Receita Federal. O material seria uma espécie de guia sobre como lidar com os produtos não homologados apreendidos.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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