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Anbima: Fundos que aplicarem em cripto terão que reportar informações sobre risco

A Associação das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) anunciou uma série de novidades no âmbito de sua agenda de autorregulação, que deve ser lançada já no início do segundo semestre deste ano.

Entre outras coisas, a Anbima determinou que os fundos de investimento do Brasil vão ter que reportar informações padronizadas sobre os riscos para aplicar em criptomoedas.

Além disso, a agenda da Anbima prevê a criação de uma metodologia própria para a definição de preços para os ativos digitais.

Dados sobre risco de ativos digitais

Conforme noticiou o Valor nesta segunda-feira (27), a ideia da Anbima é que, nesta fase inicial, os dados ditos sensíveis façam parte do material publicitário do fundo ao público geral.

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Ademais, os dados sobre os fatores de risco devem constar tanto nos prospectos quanto nos regulamentos dos fundos.

Conforme destacou Zeca Doherty, superintendente-geral da Anbima, a associação abriu uma frente para criar regras específicas para os fundos de investimento quando eles aplicarem os seus recursos em ativos digitais:

“Nós sentimos a necessidade de atuar rapidamente na autorregulação, principalmente olhando para a proteção do investidor. Temos o investidor de varejo com acesso a um ativo ainda bem desconhecido por ele. Nosso objetivo é padronizar para não criar assimetrias que os prejudiquem”, disse.

Gestão dos fundos que aplicam em cripto

Ainda segundo ele, o interesse por ativos digitais cresceu muito na pandemia no Brasil. Com base nisso, a Anbima começou a debater de forma interna como abordar esse assunto do ponto de vista da autorregulação. Agora, a associação já traçou as três fases para este processo.

Além do reporte de dados de riscos, a Anbima pretende lançar, também no segundo semestre, diretrizes para as práticas de gestão dos fundos de investimento com relação aos ativos digitais.

“Qual é a prática de gestão dentro do portfólio que a asset vai ter em relação a um criptoativo? É a mesma política que tem para crédito e para investimento? O gestor está preparado para isso? Como será essa preparação? Também estamos colocando esse assunto na nossa certificação”, disse ele.

Preços de cotas e gestão de liquidez de fundos

Enquanto isso, a terceira fase vai abordar um ponto mais polêmico. Trata-se da definição de preços das cotas dos fundos. De acordo com Doherty, essa definição deve ser feita por meio de uma marcação a mercado específica.

Além disso, a fase também vai abranger as discussões sobre a gestão de liquidez dos fundos. Ou seja, os dias para resgate.

“Nós temos muitas questões em aberto. O desafio é grande, mas estamos na mesma página que os demais reguladores e autorreguladores do mundo”, concluiu ele.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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