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Analistas brasileiros não acreditam em uma nova alta no preço do Bitcoin antes de 2020

A pequena valorização que o Bitcoin apresentou no início deste ano, ao superar o suporte de US$4 mil, não foi suficiente para alimentar um novo rali e os preços da criptomoeda cairam novamente abaixo de US$3.500. Segundo especialistas brasileiros, uma retomada dos valores não deve ocorrer antes de 2020, quando o halving, que reduzirá pela metade a recompensa por bloco minerado, está programado para ocorrer.

Este é o sentimento compartilhado por Fernando Ulrich, analista-chefe da XDEX, plataforma de criptoativos fundada pelos sócios da XP Investimentos, afinal, 2017 trouxe uma atenção eufórica para o ecossistema cripto/blockchain, que depois se transformou em “tristeza” à medida em que os preços foram caindo enquanto os investidores focados no hype foram liquidando suas posições, movimento que para Ulrich também é saudável, pois elimina os “desavisados” e permite ao mercado focar em sua maturação e desenvolvimento.

“O pessoal entra na alta porque quer aproveitar o bonde e acha que o ativo só vai subir. Mas, nesses momentos, o melhor é ter cautela. Como diria Warren Buffett, se você está comprando um ativo só porque ele está subindo, então você está comprando pelo motivo errado”, afirma Ulrich.

Já para Safiri Félix, especialista em criptomoedas e apresentador do programa Bloco Cripto da Infomoney, o preço atual do Bitcoin está bastante depreciado em relação aos fundamentos da tecnologia, mas, por outro lado, o mercado está mais saudável do que quando atingiu os US$20 mil.

“Os fundamentos ficam de lado quando esse sentimento negativo é grande”, diz.

Félix acredita que a recuperação nos preços tende a ser lenta mas com um projeção positiva no longo prazo, principalmente por conta do halving, mudança no protocolo do Bitcoin que reduzirá pela metade a recompensa de cada bloco minerado.

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“O próximo ciclo tem pelo menos um ano e meio e vai de agora até o ‘halving’, previsto para maio de 2020. Nesse período o mercado vai ter que encontrar um preço de equilíbrio, tornar-se rentável para operadores e mineradores. E a adoção tem que avançar, isso vai ter um papel mais forte na recuperação”, destaca o especialista.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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