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Analista Lyn Alden compara altcoins a negócios como Netflix e Nubank: “modelos insustentáveis”

Não é segredo para ninguém que as altcoins possuem uma enorme taxa de fracassos ao longo da história deste mercado. De acordo com a analista Lyn Alden, isso ocorre porque a maioria delas é apoiada por projetos insustentáveis.

Em um fio publicado na sua conta do Twitter, Alden criticou os modelos de negócio das altcoins, chamando-os de “insustentáveis”. Ou seja, a crítica é de que muitos projetos queimam caixa, mas não conseguem gerar resultados.

De certa forma, a crítica de Alden é semelhante a outras feitas a startups como Netflix e Nubank, que possuem alto crescimento mas dão prejuízos. E naturalmente, a analista também criticou a stablecoin TerraUSD (UST).

Vendendo modelos irreais

Ao contrário de criptomoedas descentralizadas como o Bitcoin (BTC), as altcoins contam com líderes e coordenadores por trás. Nesse sentido, esses projetos têm como objetivo não apenas a solução de problemas, mas também gerar lucros.

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Só que não é isso que está acontecendo com a maioria das altcoins. Na visão de Alden, esses projetos tendem a queimar caixa para conseguir atrair receita e usuários. Para isso, sacrificam a sustentabilidade do projeto a longo prazo.

“Se você fizer um negócio vendendo notas de US$ 20 por US$ 10 cada, seu crescimento de receita será enorme e seu mercado total será quase infinito. Mas é claro que isso é insustentável. Muitos projetos de altcoin e ações de crescimento persistentemente não lucrativas funcionam basicamente dessa forma”, disse Alden.

As ações de crescimento são empresas com grande potencial de crescimento — embora não haja garantia de que o avanço, de fato, acontecerá. Por exemplo, papéis de empresas como Netflix, Tesla e Amazon são vistos pelo mercado como de crescimento.

Descobrindo o real valor

Esta visão também existe entre as altcoins, sobretudo com projetos lançados há pouco tempo. Nomes como Cardano (ADA), Solana (SOL) e a própria Terra (LUNA) são vistos pelo mercado como altcoins de crescimento. Quando o cenário econômico é favorável, esses ativos costumam registrar ganhos maiores do que a média.

Em contrapartida, os ativos de crescimento sofrem desvalorizações mais fortes quando o mercado entrar num ciclo de baixa. Quando o cenário muda, essas empresas e projetos buscam ampliar suas receitas, cobrando por serviços que outrora eram gratuitos.

Para Lyn Alden, o mercado começa a entrar neste cenário. Quando as empresas tentam lucrar aumentando os preços, isso só é possível quando o próprio produto é visto como valioso.

“A ideia com esses modelos de negócios geralmente é que, após a fase inicial de crescimento de caixa, eles poderão aumentar os preços. E isso funciona às vezes, mas apenas se o produto final for realmente desejável por si só, e não porque é extremamente subvalorizado”, explica.

Em suma, mesmo que um projeto ofereça grandes vantagens (como taxas mais baixas e até gratuitas), os usuários só utilizam essa plataforma por “interesse”. Caso esses projetos e empresas comecem a mudar seus modelos, os clientes migram para o que realmente gera valor, mesmo que seja pago.

UST foi vítima desse ciclo

Alden conclui sua análise, como esperado, falando sobre a stablecoin UST. Um dos modelos de crescimento da moeda era atrair usuários oferecendo-lhes grandes vantagens.

Neste caso, um elevado rendimento de até 20% para quem deixasse UST em staking. Para Alden, a Terra pretendia ganhar volume através desses rendimentos para atrair novos usuários. Eventualmente, os usuários passariam a utilizar a rede de forma orgânica, criando projetos reais.

Porém, a Terraform Labs começou a reduzir aos poucos este rendimento, fato que despertou insegurança sobre a estabilidade da UST.

“Esta foi a ideia com o TerraUSD também. É como, dizer ‘vamos oferecer às pessoas altos rendimentos insustentáveis ​​para atraí-los. Talvez depois de tempo e escala suficientes, as pessoas vão querer usar essa coisa estruturalmente instável para realmente pagar por coisas reais. Mas não foi o que aconteceu”, disse.

Em comparação com projetos insustentáveis, Alden disse na semana passada que o Bitcoin (BTC) estava sinalizando que um fundo havia sido atingido na área de US$ 20 mil. Agora pode estar se aproximando de uma área de deep value, ou seja, oportunidade de comprar um bom ativo a preços descontados.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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