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Analista brasileiro diz não ser possível comparar o Bitcoin com a bolha das tulipas

O Bitcoin é comumente comparado à mania das tulipas, termo que passou a ser utilizado para classificar bolhas econômicas, por aqueles que são mais céticos em relação à sua alta valorização recente. A história, que para alguns guarda muita semelhança com a dos criptoativos, não pode ser aplicada para a indústria das criptomoedas, segundo Samuel Maurer, analista do Grupo Bitcoin Banco, um dos primeiros da América Latina a atuar com investimentos e negócios relacionados às criptomoedas.
Para Maurer, apesar das aparências, “não há similaridade [na comparação], mesmo que os economistas mais empenhados queiram ver algum tipo de familiaridade, em especial quando tentam caracterizar o Bitcoin como bolha – aliás, um assunto já ultrapassado”, diz.

Para justificar sua afirmação, o analista, em um artigo distribuído recentemente à imprensa, destaca que a relação custo/preço nos ativos é totalmente diferente e esta diferença tem um impacto enorme no sistema financeiro atrelado à tulipa e aos criptoativos.

“[assim como a tulipa o Bitcoin] tem um custo para ser produzido (…) entre eles, energia elétrica, pessoal, equipamentos, e a dificuldade de mineração. O valor de mercado do Bitcoin é o fator mais importante para os mineradores, o que torna a atividade rentável e atraente. Mas todo esse interesse, também faz aumentar os custos de mineração. Ou seja, quanto mais o Bitcoin se valoriza, mais caro é o seu custo de produção. O Bitcoin sempre terá seu custo atrelado ao preço. Em alguns momentos, inclusive, o preço estará abaixo do custo de produção, levando o minerador a não vender o Bitcoin minerado até que seu preço suba novamente ao patamar esperado”, afirma Maurer.

Segundo o analista, o mercado de baixa verificado em 2018, assim como a pequena recuperação em 2019 mostram inclusive a saúde e a liquidez do mercado de criptoativos e, desta forma, é impossível ser comparado à “febre das tulipas”, pois os ativos, assim como o contexto histórico no qual estão inseridos, mostra a total diferença entre eles.

Maurer questiona os analistas que insistem na comparação e clama para que eles enxerguem o Bitcoin não apenas como um ativo especulativo.

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“Para todos os efeitos, é preciso entender que o ineditismo do conceito e da tecnologia das criptomoedas torna impossível compará-las a qualquer outro ativo, commoditie ou investimento atual. Por que não tratá-las como um mercado ascendente?”, finaliza.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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