Analista alerta: moeda da China é o maior risco ao Bitcoin

Um analista famoso no mercado de criptomoedas está alertando para o que chamou de maior perigo no curto prazo para o Bitcoin.

Mais precisamente, Phillip Gillespie alertou que o impulso da China para lançar sua moeda digital, o yuan digital, pode não ser um bom presságio para o futuro do Bitcoin e de outras criptomoedas.

O executivo-chefe do criador de mercado de criptoativos e provedor de liquidez B2C2 Japan disse à Bloomberg que assim que a China lançar uma Moeda Digital de Banco Central (CBDC, na sigla em inglês), o país também poderá restringir o espaço das criptomoedas.

“Assim que um yuan digital for introduzido, esse será um dos maiores riscos das criptomoedas”, disse.

CBDC pode impactar Bitcoin

O que Gillespie disse foi o mesmo que o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, declarou sobre o o real digital. De acordo com eles, o uso de CBDCs pode diminuir o uso de Bitcoin e outras criptomoedas.

Conforme explicou Gillespie, novas medidas regulatórias podem interromper a “tremenda quantidade de liquidez” que vem do mercado chinês.

Isso porque, segundo ele, a stablecoin Tether (USDT) pode ser banida do mercado de criptoativos do país asiático.

O executivo observou que, converter yuans em tokens já é proibido na China. Entretanto, os cidadãos usam Tether, indexado ao dólar, como uma solução para negociar moedas digitais.

Gillespie acredita que esse redirecionamento pode terminar em breve. E, se isso se confirmar, soará um alarme de que um choque maciço de liquidez pode acontecer.

“O que aconteceria é que haveria vendas em pânico em massa”, pontuou.

CTO da Tether minimiza

Por outro lado, o CTO da Tether, Paolo Ardoino, minimizou o efeito potencial das CBDCs nas stablecoins.

“O sucesso do Tether forneceu um plano de como um CBDC poderia funcionar. Além disso, é improvável que CBDCs estejam disponíveis em blockchains públicas como Ethereum ou Bitcoin”, declarou.

Em outubro de 2020, a moeda digital da China atingiu um marco após 2 bilhões de yuans (ou US$ 299 milhões) serem movimentados em quatro milhões de transações separadas.

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