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Além do Bitcoin: 5 ETFs mais inusitados que existem no mercado

Os ETFs de criptomoedas começam a virar realidade. Já são cinco deles no Canadá, enquanto o Brasil terá o seu primeiro na segunda-feira (26). Até a Europa começa a negociar esses produtos em bolsa.

Enquanto isso, os Estados Unidos seguem reticentes na aprovação. A Comissão de Valores Mobiliários local (SEC, na sigla em inglês) é duramente criticada pelo seu atraso.

Levando em conta a oferta de ETFs nos EUA, a reclamação é justificada. Afinal, o Bitcoin e as criptomoedas estão longe de ser algo fora do comum.

Como o maior mercado financeiro do mundo, os EUA possuem ETFs de praticamente todos os setores, mesmo dos mais inusitados.

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BLOK

Se os EUA insistem em retardar ETFs de criptomoedas, o setor de blockchain já possui os seus. Aliás, existem pelo menos 10 ETFs de blockchain listados nas bolsas norte-americanas.

O maior deles é o Amplify Transformational Data Sharing ETF (BLOK). Este ETF possui gestão ativa e investe pelo menos 80% de seu patrimônio em empresas que possuem atividades com blockchain.

A estratégia de investimento do BLOK é mista. Ele busca tanto ações de valor quanto de crescimento, tanto nos EUA quanto no mundo. Ao todo, 55 empresas fazem parte do ETF.

Suas maiores participações incluem conhecidas do mercado de criptomoedas. A maior parte é de ações da MicroStrategy (MSTR), que possui 91 mil Bitcoin em seu caixa.

Em segundo lugar está a mineradora Marathon Patent Group (MARA). Por fim, o fundo também possui ações do banco Silvergate.

YOLO

O mercado de cannabis (ou maconha, para os mais íntimos) cresce nos EUA desde 2012. Devido ao federalismo do país, muitos estados já liberaram a negociação da erva.

Com isso, um grande mercado legal de cannabis – medicinal e recreativa – começou a se desenvolver. E o ápice disso foi o AdvisorShares Pure Cannabis ETF (YOLO).

O código do ETF é um acrônimo com a expressão You Only Live Once (você vive apenas uma vez). Ele foi um dos primeiros dos EUA a ser dedicado exclusivamente ao setor.

O YOLO é gerido ativamente e investe em empresas globais de pequena e média porte. Para entrar no fundo, uma empresa precisa ter pelo menos 50% da receita oriunda da indústria de maconha ou cânhamo.

Além disso, o fundo segue as regras da Drug Enforcement Administration (DEA), agência que fiscaliza o mercado de drogas. Ele investe apenas em companhias reguladas pelo órgão.

Por fim, 25% do capital do fundo é investido no setor de saúde como um todo. Aqui o foco são empresas de biotecnologia, farmacêutica e saúde em geral.

BUZZ

Muitos influenciadores digitais do mercado financeiro recomendam: jamais invista com base em dicas de amigos ou de redes sociais. No entanto, existe um ETF que faz exatamente algo parecido.

O fundo em questão é o VanEck Vectors Social Sentiment ETF (BUZZ). E como seu nome diz, ele leva em conta o sentimento das redes sociais para investir.

Entretanto, o fundo não se limita a isso. Ele possui 75 ações, escolhidas segundo coleta de fontes online. Entre elas estão: mídia social, artigos de notícias, postagens de blogs e outros conjuntos de dados alternativos.

Com isso, o fundo cria uma pontuação que indica o grau de sentimento positivo e a amplitude da discussão na internet. Esta pontuação é definida mensalmente, o que faz o ETF ter uma grande rotatividade de ativos.

MILN

Falando em comportamento nas redes sociais, não existe um grupo que as utiliza com mais frequência do que os Millennials. E esta geração nascida entre 1980 e 2000 até possui um ETF para chamar de seu.

O Global X Millennial Consumer ETF (MILN) tem como foco empresas que possuem como principal fonte de receita os millennials. Para isso, ele utiliza uma metodologia que rastreia o perfil de consumo desse grupo.

Ele cria uma lista de setores que costumam ser mais buscado por este grupo. Alguns dos setores em destaque pelo MILN são:

  • Social e entretenimento;
  • Roupas;
  • Viagens e Mobilidade;
  • Alimentação e Bens de Consumo;
  • Serviços Financeiros e Investimentos;
  • Habitação e Bens domésticos;
  • Educação e Emprego;
  • Saúde e Ginástica.

Assim como o BUZZ, ele cria uma lista de pontuação das empresas em cada setor. E com isso sugere os melhores investimentos para o fundo.

BLES

Blockchain, maconha, millennials, todos são setores modernos e atuais. Mas o mercado de ETFs é tão diversificado que tem espaço até para tradições milenares.

Por incrível que pareça, até a religião possui o seu próprio ETF. É o caso do Inspire Global Hope ETF (BLES). O código do fundo se assemelha a palavra Bless, que significa benção em inglês

O nome do fundo já sugere seu tema: inspire a esperança global. Este fundo resolveu unir a tradição da religião com a modernidade das práticas de ESG (governança, social e meio-ambiente, na sigla em inglês).

No seu prospecto, o fundo afirma que a seleção de suas empresas é feita com cuidado. O objetivo é que elas sejam alinhadas com “valores bíblicos e impactos positivos no mundo”.

Por isso, o BLES evita investir em empresas que violem os princípios cristãos. Por exemplo, empresas que atuem em mercados como álcool, jogos de azar e pornografia não entram no ETF.

Ao mesmo tempo, o fundo busca empresas que atuem na área de educação, combate a doenças, ajuda aos pobres e marginalizados e produtos com temática cristã.

Mesmo com as restrições, o BLES possui cerca de 400 empresas em sua lista. O que indica que a religião não está tão fora de moda como muitos pensam.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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