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Alameda Research concentra quase 50% da oferta total de USDT

A Alameda Research, empresa-irmã da exchange FTX, concentra quase 50% de toda a oferta em circulação da stablecoin USDT. De acordo com um relatório da Protos, a empresa possui cerca de US$ 36,7 bilhões em USDT, enquanto a oferta total da stablecoin, até a finalização deste texto, é de US$ 83 bilhões.

Ou seja, a Alameda tem em mãos precisamente 44,2% de toda a oferta total da stablecoin. Além disso, a Cumberland, outra grande formadora de mercado, adquiriu uma parte relevante de USDT. Juntas, ambas as empresas detêm quase 70% de toda a oferta de USDT já emitida pela Tether.

As compras das empresas ocorreram desde o lançamento da USDT em 2014, e mais uma vez revelam problemas de centralização. Cabe frisar que a Alameda é uma das empresas envolvidas no colapso da FTX, que ainda é alvo de investigações nos Estados Unidos.

Alameda Research possui 36,7 bilhões de USDT

De acordo com o relatório da Protos, a Alameda Research emergiu como a maior compradora de USDT desde seu lançamento. Curiosamente, a Alameda adquiriu uma parte significativa deste montante somente em 2022. A Protos afirma que esse montante corresponde a cerca de 31,7 bilhões de USDT, ou cerca de 86% de todo o capital da empresa.

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Além disso, o relatório aponta que a Alameda enviou esses fundos para várias exchanges, detalhando quais empresas receberam o valor. Como era de se esperar, a FTX foi o principal destino, como a Alameda enviando 30,1 bilhões para a exchange falida. Outras exchanges que também receberam USDT da Alameda incluem Binance, Huobi e OKEx.

Por outro lado, o relatório aponta que a Tether já emitiu mais de 108 bilhões de USDT em toda a sua história. Desse valor, cerca de 93 bilhões (89% da oferta) ficaram nas mãos de formadores de mercado. Nesse sentido, a Alameda sozinha recebeu cerca de 39% da oferta total distribuída entre os formadores.

Cumberland recebeu 23,7 bilhões de USDT

Depois da Alameda, a maior detentora de USDT é a Cumberland, o braço de negociação de croptomoedas da DRW Holdings, um formador de mercado global. Conforme aponta o relatório, desde 2014 a Cumberland adquiriu 23,7 bilhões de USDT dos títulos do tesouro da Tether.

Uma parte significativa desta aquisição, especificamente 74% ou 17,6 mil milhões de USDT, ocorreu apenas no ano passado. Ou seja, a Cumberland e a Alameda aumentaram suas participações em USDT aproximadamente na mesma época.

O relatório destaca que a Cumberland estabeleceu uma estreita parceria com a Binance como sua principal fonte de liquidez e criação de mercado. Com o tempo, a Binance recebeu 79% do total de USDT da Cumberland, equivalente a 18,7 bilhões de USDT. Outras exchanges, como Poloniex, Bitfinex, Huobi e OKX, também receberam USDT da Cumberland.

Com um valor de mercado superior a US$ 83 bilhões, a USDT e a Tether estão atualmente sob escrutínio de reguladores e meios de comunicação devido a preocupações relativas à sua transparência e conformidade. Nos últimos meses, a Tether recebeu uma multa de US$ 41 milhões da Comissão de Negociação de Futuros e Commodities dos Estados Unidos (CFTC) por fazer declarações falsas sobre as reservas que apoiam o lastro da stablecoin.

Além disso, a Bloomberg acusou a Tether de gerir um esquema Ponzi, alegando que a empresa utilizou as suas reservas para financiar milhares de milhões de dólares em empréstimos de curto prazo a empresas chinesas. Em resposta, a Tether negou todas as acusações e tem adotado medidas para aumentar a transparência das reservas de sua maior stablecoin.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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