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Ainda vale a pena investir em Cardano (ADA)? Especialistas opinam

A Cardano (ADA) é uma das principais plataformas de contratos inteligentes do mercado, mas começou a perder espaço para outros projetos quando passou a atrasar e falhar nas entregas prometidas.

Em 2021, ADA teve um desempenho notável, vendo seu preço saltar de US$ 0,17 em 1º de janeiro para o topo histórico de US$ 3,10 em 2 de setembro, uma alta de mais de 1.700%. Contudo, desde então, a criptomoeda recuou quase 65% para o preço atual de US$ 1,09.

Mas será que ainda vale a pena investir em Cardano?

Especialistas ouvidos pelo CriptoFácil acreditam que sim. Mas ressaltam que isso depende de alguns fatores, incluindo as entregas da Cardano, momento certo de compra e estratégia de negociação.

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Cardano (ADA)

Lançada em 2017 pelo cofundador da Ethereum, Charles Hoskinson, e alimentada pela criptomoeda ADA, a rede Cardano tem a capacidade de executar aplicativos financeiros descentralizados e de ler contratos inteligentes.

Conforme destacou o especialista em criptomoedas e cofundador do CriptoFácil, Paulo Aragão, Cardano pode ser definida como uma “altcoin do Ether”. Ou seja, uma moeda digital – e plataforma – alternativa à rede Ethereum. Isso porque um de seus propósitos é resolver problemas enfrentados pela rede ETH, como escalabilidade e validação de transações.

O grande problema do projeto, segundo Aragão, é a velocidade de desenvolvimento e das entregas previstas no Roadmap:

“Apesar de ter surgido em 2017, Cardano até hoje não entregou coisas prometidas em momentos passados e, em algumas entregas feitas, deixou a desejar.”

De fato, a rede Cardano tem frustrado os investidores em suas entregas. Em setembro de 2021, por exemplo, a rede implementou o Hard fork Alonzo, que permitiu a implementação de contratos inteligentes na rede.

Entretanto, o Minswap, primeiro aplicativo descentralizado da rede de testes, apresentou problemas de simultaneidade no lançamento.

A falha foi criticada pelo programador Anthony Sassano, que ironizou o processo científico do projeto:

“Seis anos de pesquisa ‘revisada por pares’ e um valor de mercado de US$ 90 bilhões depois, o primeiro dapp no ​​Cardano não consegue nem mesmo fazer o processamento de transações simultâneas (também conhecido como a mesma coisa que você precisa para o DeFi).”

Em dezembro passado, Cardano novamente decepcionou com o lançamento de sua primeira exchange descentralizada (DEX), a SundaeSwap, um lançamento foi bastante aguardado. Entretanto, Cardano frustrou as expectativas da comunidade quando informou que a DEX seria lançada como uma testnet.

Caminho contrário à facilidade

Apesar das demoras e falhas, nem tudo está perdido para Cardano. De acordo com o especialista em criptomoedas e anfitrião do canal BitNada, Felipe Escudero, essa demora é, de certa forma, natural.

Isso porque a equipe por trás da rede Cardano escolheu começar tudo do zero:

“A maioria das blockchains focadas em contratos inteligentes se baseiam em Ethereum Virtual Machine (EVM). Assim, a livraria de códigos já está toda escrita, testada e validada. A Cardano, no entanto, preferiu fazer a sua do zero, sem depender de códigos de terceiros. Com isso, a entregabilidade dos contratos inteligentes é muito mais lenta.”

Escudero observou que a comunidade tem pressa, pois há blockchains criadas a partir da rede Ethereum que funcionam no minuto seguinte. Contudo, Cardano escolheu “seguir o caminho contrário à facilidade”.

Vale a pena investir em Cardano?

Embora o momento atual seja de baixa para Cardano – bem como para a maioria das principais criptomoedas – ADA pode ser um bom investimento a longo prazo.

É nisso que acredita o trader e investidor Augusto Backes. Segundo ele, Cardano é um dos melhores projetos do mercado em termos de descentralização, confiabilidade e equipe de desenvolvimento.

Além disso, o trader ressaltou que a proposta da equipe Cardano de levar o projeto para países africanos, como Tanzânia, Etiópia e Nigéria, onde a população não tem acesso ao sistema financeiro, é otimista para ADA no longo prazo.

Já no curto prazo, Backes ponderou que a criptomoeda está perto de perder o suporte de US$ 1. E, se isso acontecer, pode chegar a US$ 0,50 ou menos. Assim, ele não acredita que seja uma boa opção se expor a ADA neste momento, sobretudo porque a criptomoeda não atingiu um fundo e porque o Bitcoin está em tendência de baixa:

“Geralmente, eu gosto de me expor a altcoins quando o Bitcoin está em tendência de alta semanal. Se a tendência é de baixa, eu fujo das altcoins porque elas tendem a desvalorizar muito.”

Para Backes, ADA só deve voltar a subir quando, de fato, conseguir lançar um ecossistema de DeFi concreto e utilizável. Ou seja, sem atrasos e sem congestionamento da rede.

Quem concorda com Backes é Aragão. O especialista ponderou que, apesar de tudo, mantém alguma exposição a altcoin visando o longo prazo:

“Particularmente, eu mantenho alguma exposição em ADA porque o projeto é relativamente sólido. Se vai entregar tudo o que promete, ainda não sabemos. Isso vai depender da equipe. Mas, se entregar, pode ter algum futuro.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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