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Agência antidrogas dos EUA apreende R$ 9,25 milhões em contas de traficantes na Binance

Cartéis mexicanos estão usando a exchange de criptomoedas Binance para movimentar o dinheiro obtido com a venda de drogas no país. Mas, graças a uma colaboração da empresa com a DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, as autoridades federais conseguiram apreender quase US$ 1,8 milhão (R$ 9,25 milhões) em criptomoedas de contas na Binance vinculadas a traficantes de drogas.

O pedido de confisco dos ativos digitais, que ocorreu em maio do ano passado, partiu de um tribunal dos EUA no leste de Michigan. De acordo com um documento de 14 de fevereiro, a ação tinha como objetivo interromper um fluxo de caixa da venda de narcóticos para o México por meio de stablecoins e do Bitcoin.

Cartéis de drogas usam cripto para ‘lavar’ dinheiro

Os arquivos judiciais mostram que alguns indivíduos depositavam o dinheiro do tráfico de drogas na Binance. Então, na exchanges. eles compravam USDT, a stablecoin da Tether, e Bitcoin (BTC). Em seguida, essas pessoas enviavam as criptomoedas para um endereço de uma organização criminosa no México.

O processo em questão lista várias contas de suspeitos na Binance. Uma delas com cerca de 65 Bitcoins, a outra com 247.653 USDT, a terceira com 9,13 ETH, 25.000 USDT e 1 BTC, e a última com 0,18 Bitcoin e 27.892 UDST. O total em USDT equivale a cerca de US$ 300.515, em Bitcoin a US$ 1.571.113 e a ETH a US$ 14.900. Assim, o volume total é de cerca de US$ 1,8 milhão, ou R$ 9,25 milhões.

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Conforme destacou uma fonte que trabalha com a aplicação da lei, a relação entre a Binance e a DEA é “muito estreita”. Segundo essa pessoa, os funcionários da DEA e a equipe da Binance se reúnem regularmente para compartilhar inteligência. Então, a Binance usa esses conhecimentos para ajustar as políticas de combate à lavagem de dinheiro. Ao mesmo tempo, a DEA usa essa inteligência em suas operações.

Para justificar a apreensão, as autoridades disseram que “as criptomoedas dos réus podem ir para os Estados Unidos como propriedade envolvida em lavagem de dinheiro e conspiração de transmissão de dinheiro não licenciada”.

Por fim, o documento ressalta que as atividades de lavagem de dinheiro do cartel em questão começaram pelo menos em 2018 e seguem até o presente. Isso posto, o tribunal solicitou a prisão dos envolvidos:

“Portanto, o autor solicita respeitosamente que seja emitido um mandado de prisão dos réus reais; que a devida notificação seja dada a todos os interessados ​​para que compareçam e mostrem o motivo pelo qual a caducidade não deve ser decretada…”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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