Economia

Ações do First Republic Bank desabam após EUA recusarem resgate; Bitcoin toca US$ 30 mil

De acordo com os últimos relatórios, o banco First Republic Bank (FRB) propôs levantar capital para aliviar a crise. A oferta do banco incluía oferecer os títulos que possui ao governo dos Estados Unidos por um valor acima do mercado.

Ou seja, o FRB pretendia vender esses títulos a um preço mais alto, visando captar mais recursos. No entanto, o governo não está disposto a participar das negociações. Além disso, autoridades ligadas a administração do presidente Joe Biden revelaram que não há planos para resgatar o banco.

Como resultado, as ações do FRB desabaram mais de 21% nesta quarta-feira (26), caindo até US$ 6,47, de acordo com o TradingView.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Governo descarta salvar First Republic Bank

De acordo com um relatório da CNBC, os assessores do FRB tentarão agora persuadir os maiores bancos dos EUA, que já o socorreram, a estender sua assistência, pedindo mais um favor. O favor envolve a venda dos títulos do banco, com o objetivo de recapitalizar a instituição.

Do jeito que as coisas estão atualmente, a sobrevivência do First Republic Bank depende do nível de persuasão que um grupo de banqueiros pode exercer sobre outro grupo de banqueiros. Ou seja, é um caso que envolve mais política do que a simples gestão do banco.

Os assessores do First Republic Bank estão confiantes de que outras partes irão ajudar o banco a se recapitalizar. Mas para isso, deverão convencer os grandes bancos a comprar seus títulos por mais do que valem. Só que esta operação é difícil, dada a situação atual de aumento nas taxas de juros.

Por isso, os assessores do banco querem utilizar o argumento de que a falência do FRB pode derrubar o sistema bancário. Dessa forma, os bancos deveriam aceitar o peso das perdas de investimento em benefício do setor bancário – e o seu próprio bem-estar.

Aumento da crise bancária

A falência abrupta do Silicon Valley Bank (SVB) no mês passado serviu como catalisador para um drama de semanas que, desde então, tomou várias reviravoltas.

Poucos dias depois que o governo apreendeu o SVB e o Signature, ambos bancos de grande porte atormentados por grandes corridas bancárias, os maiores credores do país se uniram para depositar US$ 30 bilhões no FRB.

No entanto, depois que a conferência de resultados mais recente da empresa revelou a extensão de seus problemas, esse remédio provou ser temporário. O próprio FRB admitiu que durante a crise bancária, perdeu mais de US$ 100 bilhões em depósitos dos seus clientes.

O relatório mais recente não parece ter pegado o mercado de surpresa, como pode ser visto no preço das ações da FRC, que caiu 36% na quarta-feira. A bolsa chegou a interromper a negociação dos papéis, que chegaram a cair mais de 36% em um único dia.

Bitcoin sobe

Em meio a essa crise bancária, o preço do Bitcoin (BTC) subiu e, por alguns minutos, chegou a ser negociado acima dos US$ 30.000, de acordo com dados do CoinGecko. No momento da redação desta matéria, a maior criptomoeda do mercado recuou ligeiramente para US$ 29.800 (R$ 150.186), mas ainda acumula uma alta diária de quase 10%.

Compartilhar
Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

This website uses cookies.