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Ações da Méliuz e Enjoei desabam após prejuízo maior do que o esperado

Os acontecimentos globais envolvendo o Afeganistão derrubaram as bolsas mundiais, inclusive a brasileira. No entanto, dois destaques negativos foram a Méliuz (CASH3) e a Enjoei (ENJU3), que chegou a desabar 15% no pregão desta segunda-feira (16).

As quedas não tem relação com a ascensão do Talibã, mas sim com os números da própria empresa de cashback. Foi divulgado um prejuízo líquido de R$ 6,7 milhões no segundo trimestre de 2021, maior do que os R$ 6,5 milhões registrados no mesmo período de 2020.

Por outro lado, a Enjoei registrou um aumento de impressionantes 1.090% em seu prejuízo, que superou os R$ 30 milhões. Em virtude disso, a ação desaba mais de 10% no pregão da bolsa

Méliuz tem resultados mistos

Embora o aumento no prejuízo tenha decepcionado o mercado, os demais números da Méliuz registraram forte crescimento. A base de usuários, por exemplo, atingiu 18,8 milhões de contas ativas, contra 10 milhões no primeiro trimestre de 2020. Nesse sentido, o crescimento foi de 88% na comparação anual.

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A receita líquida totalizou R$ 54,5 milhões, ata de 120% em um ano, quando a empresa havia reportado R$ 24,8 milhões. O crescimento foi alimentado sobretudo pelo aumento no número de pedidos dos cartões da Méliuz, que chegou a 6 milhões contra apenas 500 mil em 2020.

Contudo, o momento ruim dos resultados financeiros não se resumiu ao lucro. O Ebitda ajustado teve saldo negativo de R$ 2,8 milhões no 2° trimestre. Tal resultado, porém, não leva em conta despesas com itens extraordinários (fusões & aquisições) que somaram outros R$ 4,8 milhões. Com essas despesas somadas, o resultado teria sido de R$ 7,6 milhões.

Por causa dos números fracos, a Méliuz não conseguiu progredir na sua geração de caixa, medida pelo EBITDA. O resultado foi de R$ 7,2 milhões negativos – em outras palavras, a empresa queimou caixa ao invés de gerar.

Durante o pregão, a empresa conseguiu recuperar parte das perdas, porém ainda opera em queda de dois dígitos. No momento da escrita deste texto, as ações caem 10,36%, valendo R$ 50,23.

Enjoei registra forte prejuízo

Apesar de negativos, os números da Méliuz não foram nem de longe tão fracos como os da Enjoei. Inicialmente, a receita líquida da plataforma de negociação de bens usados dobrou na comparação entre trimestres e chegou a R$ 26,4 milhões em 2021.

Além disso, a plataforma negociou R$ 205 milhões em volume de mercadorias, um aumento de 82% na comparação anual. De fato, as receitas da empresa foram positivas e superaram em 8% a estimativa do mercado.

Todavia, o resultado final acabou sendo estarrecedor. Começando pelo Ebitda, que atingiu 19 milhões negativos no segundo trimestre. A margem bruta de lucro da empresa teve forte queda de 20,5 pontos percentuais na comparação anual.

Com os resultados mais fracos e aumento nas despesas, a Enjoei reportou uma perda líquida total de R$ 30 milhões. O resultado apresenta uma alta de expressivos 1.090% em relação aos números do segundo trimestre de 2020. Segundo analistas, os números farão a empresa demorar mais para atingir seu ponto de equilíbrio, momento no qual o negócio finalmente passa a ser lucrativo.

“Isso posterga o ano em que a Enjoei atinge o ponto de equilíbrio na linha Ebitda em um ano, de 2023 anteriormente a 2024 em nosso modelo mais recente”, apontam os analistas.

Os resultados fracos fizeram a Enjoei ter uma desvalorização ainda maior do que a da Méliuz. Atualmente, o preço da ação registra uma forte queda de 13,9%, valendo R$ 5,94.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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