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Ações da Coinbase caem para o preço mais baixo de todos os tempos

O beark market da criptoesfera está impactando de forma negativa muitas empresas do setor. E a exchange de criptomoedas Coinbase (COIN) é uma delas. As ações da única exchange listada na bolsa caíram na última segunda-feira (21) para o seu menor nível de todos os tempos desde a abertura de capital em abril do ano passado.

A COIN caiu para US$ 40,62 na segunda-feira, queda de 10% no dia e 39% no mês de novembro até agora. Essa baixa é resultado do enfraquecimento das criptomoedas causado também pelo colapso da exchange cripto FTX, que entrou com pedido de recuperação judicial em 11 de novembro.

Gráfico de preço da COIN nas últimas 24 horas. Fonte: Google Finanças

COIN desaba junto com mercado cripto

No ano passado, no dia em que a Coinbase listou suas ações da Nasdaq, os preços da COIN chegaram a US$ 400. Até hoje, este é o maior nível de preços. Desde então, o preço só declinou, acompanhando a queda das criptomoedas em geral. As ações da Coinbase perderam mais de 80% de seu valor este ano, ficando abaixo da maioria das criptomoedas.

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O Bitcoin (BTC), por exemplo, recuou cerca de 65% este ano. Enquanto isso, o preço Ethereum (ETH) desvalorizou pouco mais de 70% este ano, de acordo com dados da CoinGecko.

A crise do mercado também forçou a exchange a demitir uma parte considerável de sua força de trabalho. Após grandes rodadas de demissões no início deste ano, a Coinbase demitiu mais de 60 funcionários só este mês, em meio ao declínio de suas ações.

Vale destacar que a indústria de criptomoedas também é afetada pelo mercado de ações mais amplo, que também está em declínio. O índice NASDAQ Composite, por exemplo, caiu cerca de 0,94% na segunda-feira e o S&P 500 caiu 0,34%.

“A principal exchange de criptomoedas ainda precisa convencer os investidores de que o preço de suas ações se estabilizará como algumas das outras principais criptomoedas, à medida que cresce o ceticismo dos investidores sobre a negociação nas bolsas”, pontuou ao CoinDesk o analista sênior de mercado da Oanda, Edward Moya.

Colapso da FTX também impactou preço das ações

Ainda segundo Moya, a maior parte da fraqueza recente da Coinbase decorre da preocupação de que muitos traders de criptoativos possam estar optando pelo armazenamento dos ativos de forma offline em vez de manter o dinheiro nas exchanges.

Afinal, além de ter feito uma má gestão dos fundos dos clientes, a FTX ainda foi alvo de um ataque hacker logo após colapsar. Como resultado, isso gerou ainda mais preocupações sobre a segurança dos ativos em exchanges.

“A Coinbase tem um caminho difícil pela frente até que os investidores tenham mais clareza sobre as reservas da empresa e a exposição a outros criptoativos”, disse Moya.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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