Economia

Ação da PF mira fraudes com criptomoedas em Santa Catarina

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (18), a operação Kripto a fim de combater fraudes com criptomoedas em Santa Catarina.

De acordo com uma nota da PF à imprensa, agentes policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão nas cidades da Araranguá e Passo de Torres, ambas em Santa Catarina.

Segundo a nota da PF, a investigação em questão teve início ainda no ano de 2021. Na ocasião, a Polícia Federal identificou que os investigados captaram recursos de terceiros para fins de aplicação em criptomoedas. Os investigados prometiam aos “investidores” rentabilidade mediante operações com tais ativos.

Além disso, os agentes descobriram que um dos investigados teria se apropriado dos valores recebidos das vítimas do esquema. A PF estima que o suposto golpe tenha deixado um prejuízo de R$ 1,5 milhão aos investidores do esquema.

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Os crimes que a PF investiga são contra o sistema financeiro nacional, com pena de um a quatro anos de reclusão e multa. A Polícia Federal não informou o nome da empresa, tampouco os nomes dos investigados alvo da operação Kripto por questões legais.

Pirâmides e golpes com criptomoedas

O “modus operandi” dos investigados na Operação Kripto se assemelha ao de esquemas de pirâmide financeira que usam as criptomoedas como isca para atrair vítimas. Em geral, as empresas e/ou seus líderes prometem rendimentos periódicos aos investidores com retorno muito acima do praticado no mercado.

Vale ressaltar que não é possível oferecer um rendimento fixo sobre aplicações em criptomoedas, pois se trata de um ativo volátil. O preço de uma criptomoeda variar 10% em um só dia, por exemplo.

A ocorrência dessas práticas fraudulentas tem sido frequente no Brasil e diversas empresas são apontadas como pirâmides de criptomoedas por autoridades locais. O caso recente de maior destaque no Brasil é o da GAS Consultoria, do “Faraó dos Bitcoins”, Glaidson Acácio dos Santos. Preso desde 2021, ele é acusado de movimentar R$ 38 bilhões com um esquema de pirâmide.

Dessa forma, em razão da explosão das pirâmides com criptomoedas, a Câmara dos Deputados instalou em junho a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar pirâmides financeiras que se utilizam de criptomoedas.

No fim do mês de junho, conforme noticiou o CriptoFácil, a CPI convocou uma série de representantes das principais exchanges cripto do Brasil. Além disso, convocou suspeitos de operarem esquemas fraudulentos, incluindo Glaidson, que já prestou esclarecimentos à CPI na condição de investigado.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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