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A volatilidade do Bitcoin vem caindo ano após ano

Em maio de 2010, o usuário laszlo escreveu em um fórum de discussão que desejava comprar duas pizzas e pagaria 10.000 Bitcoin para quem conseguisse entregar na sua casa em Jacksonville, na Flórida.

Quatro dias depois da oferta inusitada, um usuário localizado na Inglaterra acudiu laszlo e topou o desafio. Depois de encontrar uma pizzaria na cidade do sujeito, o cidadão inglês fez a encomenda e pagou com seu cartão de crédito ao redor de US$ 25 pelas duas pizzas. Considerando a atual cotação do Bitcoin, 10.000 BTC equivalem a cerca de US$ 6,5 milhões.

Ou seja, uma pizza milionária digna de um lugar no Guinness Book.

Esse foi o primeiro registro de um preço de mercado para o Bitcoin. Até então, não se sabia quanto valia uma unidade ou fração da criptomoeda. Durante todo o ano de 2009, não havia cotação para ela, não havia mercados organizados onde compradores e vendedores podiam se encontrar e negociar o ativo. Ninguém sabia qual era o preço de mercado. Não havia mercado.

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Em retrospectiva, laszlo pagou um absurdo por aquelas pizzas. E o usuário inglês fez um baita negócio. Mas, na verdade, à época, nenhum dos dois saberia dizer quanto valeria um Bitcoin no dia ou na semana seguinte. Na melhor das hipóteses, valeria qualquer coisa. Mas, provavelmente, poderia continuar valendo zero, exatamente o preço vigente nos 17 meses anteriores.

Naturalmente, a volatilidade então era inimaginável. Num dado dia, 10.000 BTC poderiam ser vendidos por US$ 25, mas na semana seguinte alguém poderia pagar US$ 50 ou US$ 2.

Ou ainda, num cenário também provável, passariam dias sem haver qualquer negociação. Bitcoin então era um mercado ilíquido e altamente volátil.

Mas aos poucos “laszlos” foi percebendo o valor da tecnologia. Mercados minimamente organizados foram formados para permitir a “descoberta” do preço de uma unidade daquela nascente moeda digital. O que há cinco anos não passava de um punhado de negociações por semana, hoje se transformou num mercado que gira diariamente mais de 1 milhão de bitcoins (US$ 650 milhões).

E, consequentemente, a volatilidade, antes insana, é atualmente muito mais tolerável.

Por sinal, a volatilidade diminuiu tanto que, em alguns dias em julho deste ano, a libra esterlina oscilou mais intensamente que o próprio bitcoin — um feito notável e surpreendente.

Há diversas métricas para medir a volatilidade. O site btcvol.info monitora a volatilidade do Bitcoin em comparação com outras moedas e ativos utilizando uma janela de 30 e 60 dias. Vejam que interessante o desempenho da criptomoeda desde 2011.

O fato é que variações bruscas diárias de mais de 10% são hoje bastante raras no Bitcoin. A volatilidade vem caindo ano após ano, fruto do crescente volume de negociação e da quantidade recorde de transações diárias que ocorrem na rede.

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Cristhian Raphael

Cristhian é um pilar fundamental no universo das criptomoedas, co-fundador do renomado portal criptofacil.com. Com uma profunda paixão pelas possibilidades transformadoras da tecnologia blockchain, ele se destaca como um analista de cripto extremamente experiente, cujas insights e análises são altamente valorizadas pela comunidade. Como um visionário empreendedor, Cristhian transcende o convencional, desempenhando múltiplas funções críticas que vão desde a gestão de projetos até a curadoria de conteúdo e o gerenciamento de mídias sociais, impulsionando o criptofacil.com a novos patamares. A autoridade de Cristhian no campo é reforçada por sua dedicação em manter os mais altos padrões de confiabilidade e ética, garantindo que cada informação compartilhada seja rigorosamente verificada e baseada em dados concretos. Seu compromisso com a transparência e a educação financeira reflete-se no crescimento e na confiança que o criptofacil.com conquistou entre especialistas e entusiastas do setor.

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