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A presença feminina pode gerar trilhões de dólares para a indústria de criptoativos

A presença feminina no mercado de criptoativos está em forte crescimento, tanto no Brasil quanto no mundo. E os números do impacto da atividade de mulheres em outros setores dão uma ideia de quanto esse mercado nascente pode se beneficiar de seu talento.

Recentemente, o portal de notícias Bloomberg fez um levantamento da quantidade de valor gerado por empresas que possuem mulheres como diretoras financeiras (CFOs) nos primeiros 24 meses de trabalho. E encontrou resultados muito interessantes: se o objetivo da empresa é aumentar a lucratividade, uma CFO mulher pode ser a melhor aquisição.

Lucros trilionários

De acordo com o levantamento, as empresas que possuem CFOs mulheres tiveram, em média, um aumento de 6% nos lucros e um retorno de ações de 8% melhor em comparação com o desempenho dos seus pares do sexo masculino. Essas mulheres geraram US$1,8 trilhão em lucros acumulados adicionais, de acordo com um estudo da S&P Global Market Intelligence. Os pesquisadores analisaram 6.000 empresas do índice de ações Russell 3000 nos últimos 17 anos.

Uma das razões pelas quais as CFOs femininas estão superando o desempenho de seus colegas homens é porque elas mantêm um padrão mais alto, disse Daniel Sandberg, diretor sênior de pesquisa quantitativa da S&P Global, e autor do relatório.

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“O nível é um pouco mais alto para as mulheres”, disse ele. “O resultado é que o grupo masculino que é candidato à uma posição executiva é muito maior do que as mulheres, enquanto o contingente feminino é subutilizado.”

Os homens superam as mulheres no cargo de CFO em cerca de 6,5 a 1, segundo o estudo.

A subutilização do talento feminino

De fato, o universo feminino ainda é ínfimo na maioria das grandes empresas. Entre as empresas presentes na lista Fortune 500, apenas 4,89% possuem uma mulher como CEO ou líder. Na área de tecnologia, os números são um pouco melhores: 18,8% dos empregados do setor são mulheres e 17,7% das startups têm uma mulher como fundadora.

Mas quando falamos de blockchain, os números voltam pra baixo: apenas 7% das investidoras em criptomoedas são mulheres, enquanto 8,5% das startups possuem uma mulher como CEO. Ainda assim, as mulheres marcam presença em cargos de liderança em algumas das empresas mais inovadoras do mundo: Kelly Loeffler (CEO, Bakkt), Miriam Oshiro (COO, OriginalMy) e Elizabeth Stark (CEO, Lightning Labs) são alguns exemplos.

À medida em que a participação das mulheres aumente no mercado de criptoativos, é possível que vejamos a expertise feminina – e os altos lucros oriundos dela – cada vez mais presentes. Para o bem de um mercado nascente, que isso aconteça em breve.

Leia também: Confira 7 negócios de blockchain no Brasil comandados por mulheres

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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