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A história do Bitcoin parte 1: o começo

Apesar 31 de outubro de 2008 (data de lançamento do whitepaper do Bitcoin) ser uma data crucial na história monetária da época, muitos apontam o dia 03 de janeiro de 2009 (data de lançamento do bloco-gênese) como o verdadeiro nascimento da primeira criptomoeda. Como todas as revoluções, esta levaria tempo para germinar.

Para homenagear ambas datas, o site Bitcoin.com lançou uma série especial sobre a história do Bitcoin. Nos próximos finais de semana, replicaremos essa série aqui no Criptomoedas Fácil, começando com o primeiro episódio chamado “No Começo“.

Os pequenos primeiros passos

É difícil apontar o momento em que o Bitcoin passou da teoria para a prática. Foi quando Satoshi Nakamoto minerou o bloco-gênese em 03 de janeiro de 2009? Ou quando ele enviou a primeira transação para Hal Finney, alguns dias depois? Ou ocorreu imperceptivelmente no decorrer daquele ano, quando a conversa passou da lista de discussão onde havia começado para o Sourceforge, onde foi estabelecido o primeiro fórum de Bitcoin?

O que está além da disputa é que em 22 de novembro de 2009, quando Satoshi deu as boas-vindas aos membros do novo fórum Bitcoin, hospedado no bitcointalk.org, sua ideia se enraizou e agora havia um pequeno grupo de entusiastas ajudando a cultivar o projeto.

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“Olá Satoshi, todos os membros do fórum e usuários do Bitcoin!”, dizia a primeira resposta ao post de Satoshi Nakamoto no BitcoinTalk.

“Obrigado por desenvolver o Bitcoin. Já era hora de termos um moeda digital anônima e P2P. Estou muito impressionado e este projeto tem um grande potencial.”

Tudo poderia ter sido diferente

Ao escrever um histórico, é fácil atribuir inevitabilidade a eventos e supor que as coisas aconteceram de certa forma porque é assim que elas estavam destinadas a acontecer. A verdade é que o Bitcoin, como todas as suas turbulências, não estava predestinado a funcionar como funcionou até hoje.

Se não fosse pela tenacidade daqueles entusiastas iniciais, que mantiveram a ideia de Satoshi viva durante suas horas mais escuras, somada à serendipidade e ao reforço por eventos geopolíticos, o Bitcoin podia nunca ter saído do papel. Sua sobrevivência e robustez atual podem ser atribuídas ao poder da ideia de Satoshi, juntamente com os esforços dos que trabalharam até tarde da noite para corrigir erros críticos e fortalecer o Bitcoin até que a rede fosse forte o suficiente para sobreviver sozinha.

Está será uma série de mini-episódios dos primeiros anos do Bitcoin, com foco nos eventos iniciais, como boa parte da história do Bitcoin no fórum que Satoshi iniciou. Embora o BitcoinTalk não fosse o único repositório de ideias, ele formou uma referência nos dias pré-Twitter, onde os principais colaboradores se reuniam para compartilhar ideias.

Naquela época, como hoje, havia muita argumentação, mas menos tribalismo e conflitos. Sem terra para lutar, a primeira tarefa dos novos usuários do BTC era construir um mundo no qual as ideias contidas no whitepaper pudessem ser realizadas.

“Um problema imediato com qualquer nova moeda”, ponderou Hal Finney, em 11 de janeiro de 2009, “é como lhe dar valor. Mesmo ignorando o problema prático de que virtualmente ninguém irá aceitá-la a princípio, ainda há uma dificuldade em se chegar a um argumento razoável em favor de um valor particular diferente de zero para as moedas.”

Ele concluiu:

“Como um experimento mental divertido, imagine que o Bitcoin será bem-sucedido e se torne o sistema de pagamento dominante em uso no mundo todo. A possibilidade de gerar moedas hoje com alguns centavos de tempo de computação pode ser uma boa aposta, com uma recompensa de algo como 100 milhões para 1! Mesmo que as chances de o Bitcoin ter sucesso nesse nível sejam pequenas, elas são realmente de 100 milhões contra um? Algo para pensar sobre…”

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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