50 dias para o halving do Bitcoin: especialistas fazem suas previsões

O halving do Bitcoin está se aproximando, faltando 50 dias para que a redução das recompensas de mineração ocorram. Em meio às quedas drásticas no valor do BTC ocasionadas pela pandemia de Coronavírus, fica difícil prever se o halving terá um efeito relevante no valor do criptoativo.

Especialistas do mercado brasileiro de criptoativos deram suas opiniões sobre o tema.

Otimismo a médio prazo, incerteza no geral

O CriptoFácil perguntou a algumas figuras da criptoesfera brasileira o que eles acreditam sobre o potencial efeito do halving durante o pico de contágio do Coronavírus – previsto para ocorrer entre abril e maio. Daniel Coquieri, fundador da exchange BitcoinTrade, afirmou:

“Acredito que não. Existia toda uma expectativa de crescimento sobre o assunto halving no grande público e que, com todo o impacto e preocupação da sociedade com relação a pandemia do Coronavírus, essa expectativa deve cair, consideravelmente, e com certeza menos dinheiro deve entrar no mercado de criptomoedas.”

Porém, Coquieri completa que o halving terá impacto a médio prazo, alguns meses após sua ocorrência:

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“Eu acredito no impacto positivo do halving no preço do Bitcoin com o passar dos meses após o evento, uma vez que vamos ter cada vez menos Bitcoin circulando e sendo emitido pelo sistema.”

Fabricio Tota, diretor na exchange Mercado Bitcoin, também falou sobre o halving:

“O Bitcoin, assim como outros ativos, sofre impacto de diversos fatores. Inicialmente, quando estávamos projetando o que aconteceria no ano, o Halving seria um dos eventos de maior impacto, se não o maior. Claro, com toda essa situação do Coronavírus, que tomou uma proporção muito grande, podemos dizer que o maior impacto sobre o preço do BTC é o efeito do Coronavírus, sem dúvida alguma.”

Tota então traça um paralelo entre as medidas governamentais, que podem ser adiadas ou antecipadas, com o halving:

“Só que, diferente de outros ativos, em que medidas de Governo ou dos Bancos Centrais podem impactar positivamente ou ainda, medidas que eram planejadas podem ser adiadas, o Halving do BTC inevitavelmente tem que acontecer em maio. E o efeito dele permanece sendo positivo. Como um dos direcionadores de preço do BTC, o Halving impulsionará o preço para cima, ainda que a gente tenha uma volatilidade muito grande em função de impactos maiores, como essa situação do Coronavírus no mundo.”

Nos termos de impacto no mercado, ambos especialistas concordam que o impacto é positivo, embora ofuscado pela preocupação maior atualmente em tela – o contágio acelerado do Coronavírus.

Safiri Felix, diretor-executivo da ABCripto, também comentou sobre suas previsões para o halving ocorrendo durante o Coronavírus – estas um pouco mais otimistas:

“O potencial de valorização com o halving segue igual ou maior do que antes. Com o disparo da crise do novo coronavírus, tivemos uma corrida por liquidez em escala global, o que repercutiu também no Bitcoin, com muitos operadores vendendo parte de suas posições. As ações coordenadas dos Bancos Centrais de injeção massiva de liquidez na economia tendem a desencadear a busca por ativos de proteção e pouco correlacionados, como Bitcoin e ouro. Com a queda prevista da emissão de novas unidades, a perspectiva é de que a busca de diversificação impulsione novamente o preço para uma trajetória de alta.”

Bernardo Schucman, CEO da FastBlock, falou sobre a incerteza do valor do Bitcoin (apesar do prospecto positivo a médio prazo) e os mineradores operando no mercado:

“Como a emissão de Bitcoin é cortada pela metade e o minerador ganha comissão, automaticamente sua bonificação também cai pela metade, mas isso em relação a Bitcoin, e não a moeda fiat. Não sabemos o preço que será praticado o Bitcoin pós halving, portanto, não podemos afirmar se também afetará os mineradores financeiramente.”

Em uníssono, o prospecto é positivo a médio prazo, mas o que paira é a incerteza do valor do Bitcoin enquanto ambos os eventos – Coronavírus e halving – se misturam.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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