Segurança

Aliança: 40 países firmam acordo para não pagar Bitcoin como resgate em ataques hacker

Um importante marco na luta contra os ataques de ransomware foi alcançado com o compromisso de cerca de 40 países, liderados pelos Estados Unidos, de não pagar resgates em Bitcoin e outras criptomoedas. Anne Neuberger, vice-assessora de segurança nacional dos EUA para tecnologias cibernéticas e emergentes, enfatizou a necessidade de se recusar a ceder a extorsões de hackers, uma prática comum em ataques de ransomware.

O ransomware é um dos tipos de ataques cibernéticos mais frequentes, em que os hackers invadem sistemas de organizações e governos para acessar informações valiosas. Em seguida, exigem pagamentos em Bitcoin e outras criptomoedas para devolver os dados e ameaçam divulgá-los caso não recebam o resgate.

Os Estados Unidos já adotaram uma postura rígida em relação ao pagamento de resgates a hackers desde 2020. O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) declarou que quem pagar a cibercriminosos estará sujeito a multas. O pagamento de resgates não apenas incentiva futuros ataques, mas também não garante a recuperação dos dados roubados.

Embora os casos de ransomware tenham sido amplamente divulgados nos Estados Unidos, a América Latina também tem enfrentado ataques, com exemplos na Argentina e na Colômbia. Os hackers ameaçaram divulgar informações roubadas quando os pagamentos em Bitcoin não foram feitos.

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Hackers pedem ‘resgate’ em Bitcoin

Para reforçar o compromisso de não pagar resgates em Bitcoin, as 40 nações uniram esforços para eliminar a capacidade de financiamento dos hackers. Elas planejam melhorar a troca de informações sobre as contas ou carteiras normalmente usadas para receber pagamentos de resgates após ataques de ransomware.

Dois escritórios de intercâmbio de informações serão criados, um na Lituânia e outro em conjunto entre Israel e os Emirados Árabes Unidos. Esses escritórios permitirão que os países compartilhem listas de restrição de endereços usados para movimentar pagamentos em ataques de ransomware através do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

Além disso, a inteligência artificial será usada para analisar blockchains do Bitcoin e das demais criptomoedas e identificar transações ilegais relacionadas a esses crimes.

Enquanto ferramentas como o WannaCryFake, desenvolvido pela empresa de segurança Emsisoft, ajudam a descriptografar arquivos roubados em ataques de ransomware, existem precauções essenciais que os usuários e empresas podem tomar para evitar tornar-se vítimas de cibercriminosos.

Isso inclui manter backups de informações offline e, acima de tudo, não pagar qualquer tipo de resgate em Bitcoin. A união de nações contra o pagamento de resgates em criptomoedas é um passo significativo na proteção contra ciberataques e na promoção de uma abordagem firme contra os hackers.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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