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40% do tokens roubados da Coinchek já foram vendidos

Parece que de nada adiantou as medidas adotadas pela NEM para marcar os tokens roubados da Coinchek, no que foi considerado o maior roubo da história da criptomoedas. Na época o anúncio da marcação dos ativos foi visto como uma medida importante e que permitiria rastrear as criptomoedas e impedir a lavagem do dinheiro roubado. No entanto, os hackers já conseguiram lavar com sucesso 40% dos aproximadamente 500 milhões de tokens NEM (XEM) roubados da exchange em janeiro deste ano, segundo a matéria publicada pela Nikkei, agência de notícias japonesa.

De acordo com a consultoria L Plus de Tóquio, mais de US$ 79,3 milhões foram roubados pelos hackers que utilizaram a dark web para trocar por Bitcoin, o que irá permitir aos ladrões trocarem os fundos por moedas fiduciárias com mais facilidade, dado que a principal criptomoeda do mercado é comercializada praticamente em todo o mundo através meio do par BTC/fiat.

A polícia japonesa, que segundo informações designou 100 policiais para investigar o caso, identificou anteriormente duas pessoas que poderiam ser responsáveis pelo hack na exchange, no entanto não há informações claras até o momento sobre a participação destas pessoas no caso e nem sua identidade.

Como foi o ataque hacker

De acordo com a Nikkei, o ataque hacker só foi possível pois os ladrões conseguiram infectar com um malware os sistemas da exchange usando envio de e-mails de phishing aos funcionários da Coincheck, o que injetou o vírus depois que os links foram clicados pela equipe. Posteriormente, os hackers conseguiram reunir chaves privadas para grandes quantidades de NEM, que foram roubados no momento oportuno.

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A identidade dos hackers também continua um mistério, embora relatórios anteriores tenham dito que o ataque tinha semelhanças com ataques cibernéticos que estavam ligados aos hackers patrocinados pela Coreia do Norte.

Os reguladores financeiros japoneses aumentaram a supervisão das exchanges de criptomoedas em resposta ao hack, e as plataformas de negociação licenciadas do país anunciaram que formarão um órgão auto-regulador que, se aprovado pelo governo, terá poder de execução sobre seus membros.

Reembolso

A exchange anunciou que esta semana iniciará o reembolso das vítimas afetadas pelo episódio. Em um post, a Coincheck, conforme noticiado anteriormente pelo Criptomoedas Fácil, irá reembolsar os usuários com a taxa de 88.549 ienes japoneses (ou US$0.83) por token NEM roubado.

Além disso, a Coincheck também anunciou que está reiniciando as retiradas, bem como a negociação de várias criptomoedas, incluindo ETH, ETC, XRP, LTC, BCH e BTC. A exchange indicou ainda que levaria mais tempo para retomar serviços para outros ativos.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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